quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Rochas


Rochas Magmáticas
Essas rochas são resultados da solidificação e consolidação do magma (ou lava).
O magma é um material pastoso existente no interior da Terra. Podem ser de dois tipos:
Vulcânicas (ou extrusivas -f) - são formadas por meio de erupções vulcânicas, através de um rápido processo de resfriamento na superfície. Alguns exemplos dessas rochas são o basalto.
Plutônicas (ou intrusivas -c,d) - são formadas dentro da crosta por meio de um processo lento de resfriamento. Não há contato com o ar atmosférico, exemplo é o granito.
ha sedimentar
As rochas sedimentares fazem parte de 75% da superfície dos continentes, são as rochas formadas através do acúmulo de detritos, que podem ser orgânicos ou gerados por outras rochas. Classificam-se em:
Inorgânicas ou Detríticas - são as rochas formadas a partir de detritos de outras rochas. Alguns exemplos são o arenito,varvito.
Quimiogênicas - resultam da precipitação de substâncias dissolvidas em água, exemplos  é o sal gema, as estalactites e as estalagmites.
Orgânicas - são rochas formadas por restos de seres vivos. Alguns exemplos são o calcário , formado através dos resíduos de conchas de animais marinhos, o carvão, formado a partir dos resíduos de vegetais.
Concentração de carvão em determinados minerais
  - do tipo turfa com aproximadamente 60% de carbono.
 - do tipo lenhite (linhita) com aproximadamente 70% de
   carbono.
 - do tipo hulha com aproximadamente 80 a 85% de 
   carbono.
 - do tipo antracite (antracito) com aproximadamente 90% de carbono.
Rochas Metamórficas
As estruturas geológicas podem ser primárias, que são aquelas originadas na formação das rochas sedimentares e magmáticas, tais como a estratificação sedimentar e estruturas de fluxo em magmas, e tectônicas, que são originadas por deformação das rochas sobre a ação de forças. Alta temperatura e pressão transformam a rocha. Exemplo
Rocha magmática - Granito – temperatura + pressão = Gnaisse
Rocha sedimentar – Arenito – temperatura + pressão = Mármore

Pesquisar conceitos, tipos, formação das rochas no site - 
http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/index.html 
Importante site para se ter acesso a um Manual de Mineralogia - http://www.webmineral.com

Fonte Bibliográfica e de Consulta
http://www.geologo.com.br/
http://www.anp.gov.br/
http://www.cprm.gov.br/
http://www.dnpm.gov.br/
http://geology.com/
http://www.ibgm.com.br/
http://www.petrobras.com.br/pt/
http://www.sbpbrasil.org/

Relevo Agentes Internos


Os agentes internos são manifestos como o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos. 
Agentes internos são movimentos que atuam no interior da Terra modificando a superfície. 
Diastrofismos ou distorções podem ocorrer nestas ações, em movimentos lentos e prolongados, deformando rochas.

Essa dinâmica e produto de:
Movimentos epirogenéticos - podem produzir falhas na estrutura geológica. É resultado de pressões verticais, lentas, sobre blocos continentais levantando ou abaixando superfícies. A epirogênese atinge áreas continentais produzindo transgressões ou regressões marinhas.  

Movimentos orogenéticos - É resultado de pressões horizontais, de alta intensidade, em rochas maleáveis, produzindo dobramentos na superfície. Exemplo Andes, Himalaia, Alpes. A orogenia - pode ser convergente (formação de cordilheiras ou com grande freqüência fossas tectônicas) ou divergente (formação de dorsais).

Vulcanismo
Manifestação magmática que se exterioriza por meio de materiais expostos nos estados sólido, líquido e gasoso, acumulados sob pressão gerando erupções. Cria-se o vulcão e da mesma forma que surge, pode desaparecer pela violência vulcânica.
Freqüentemente os vulcões são encontrados no Circulo de Fogo do Pacifico, Mediterrâneo, Cáucaso, Cadeia Mesoatlântica.





Relevo Agentes Externos


Agentes externos
O relevo é resultado da atuação de forças que agem constantemente na superfície terrestre. A ação dos agentes externos são os que mais evidenciam a existência desta sistemática mudança da paisagem. 
Estes agentes permitem a construção e a reconstrução do meio, a destruição e a sua renovação das mais diversas ações.
A água torna-se um dos seus principais agentes já que se encontra nas suas mais diversas formas – sólido, liquido e gasoso e manifesta-se de diferentes maneiras como através das enxurradas das chuvas, a erosão e sedimentação dos rios, a ação química nos materiais – solo e sua decomposição.
Em parceria com o intemperismo- conjunto de processos físicos, químicos que atuam na superfície modificando-os, concretizando-se na ação do calor, baixas temperaturas, ação química (solventes), oxidação, realiza suas intervenções constantemente levando à paisagem ser uma fotografia instantânea do tempo e do espaço.
Veja como este processo age transformando a rocha em solo.
http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/e/e4/Tiposdesolo.swf
Os agentes externos podem ser identificados atuando:
Ventos – erosão eólica
Fluvial – quando da construção e destruição de encostas de cursos d’água, formação de aluviões, deltas e               planícies.
Pluvial – quando das chuvas na erosão dos solos, lixiviação.

Abrasão marinha – ação do mar nas marés, ondas, na construção e destruição das costas litorâneas.

Glacial – Erosão da superfície quando da expansão das suas calotas, formação de cursos d’água, lagos.
Geleiras – quando do transporte de material superficial para outros locais.
     A formação dos solos é resultado da atuação destes agentes no espaço em que se realiza a sua formação. O solo é resultado da decomposição das rochas da crosta terrestre. É de extrema importância a sua composição e origem a fim de, em conjunto com o clima e ambiente (relevo, umidade, acesso a água e tecnologia) viabilizar o desenvolvimento do espaço que o cerca.

Bibliografia e consulta

Relevo


Planalto
Serra da Mantiqueira
É toda superfície acidentada, em que a atividade erosiva, desgaste do solo, é mais intensa do que a atividade de sedimentação. Pode-se apresentar de variadas maneiras como relevo em forma tabular, escarpada, serrana. Sua altitude está acima de 300 metros e não mais de 1800 metros. Exemplo Planalto Brasileiro.

Planície
Braço Rio Amazonas
     É toda superfície em que a atividade de sedimentação, de formação de sedimentos e acúmulo de materiais é maior do que a de erosão. São superfícies planas, próximas ao nível do mar em altitude não maior do que 300 metros. São de formação recente e o acúmulo de sedimentos e materiais ocorre com freqüência. Exemplo Planície do Rio Amazonas.


Depressões
     É toda superfície que se encontra com o relevo levemente aplainado. Pode ser identificado como Depressão Relativa, seu relevo, encontra-se abaixo da superfície vizinha, exemplo Depressão São Franciscana e Depressão Absoluta, cuja superfície encontra-se abaixo do nível do mar. Exemplo Vale da Morte nos EUA e Mar Morto em Israel.

Montanhas
Cordilheira dos Andes
É toda superfície que está sujeita a forças tectônicas produzindo relevo de grandes altitudes, acima de 1800 metros. São constantemente atingidas por atividades e forças sísmicas horizontais originando dobramentos. Podem apresentar-se em conjunto, formadas por movimentos orogenéticos, soerguendo porções continentais, como por exemplo, a formação das Cordilheiras Andinas, oeste da América do Sul.

Bibliografia e consulta
http://www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente/geografia/tipos-de-relevo
http://www.ibge.gov.br/7a12/conhecer_brasil/default.php?id_tema_menu=1&id_tema_submenu=2
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/mapas_pdf/brasil_unidades%20de%20relevo.pdf
http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/



Geologia 1



A Geologia é a ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura, propriedades físicas, história e os processos que lhe dão forma. A geologia relaciona-se com muitas outras ciências, em especial com a geografia, e astronomia.

A formação do planeta Terra foi por agregação de material e colisões, gerando altas temperaturas, produzindo reações químicas (cerca de 4,6 bilhões de anos) Sua atmosfera primitiva e resultado do resfriamento de todo este material.

Os elementos mais pesados (denso) migrou para o centro (ferro e níquel) e o menos pesado (denso) permaneceu na superfície. Três camadas definidas irão se destacar:

Núcleo – mais denso composto de níquel e ferro
Manto - constituídas de células de convecção  que estão associadas á dinâmica da crosta - tectonismo
Crosta - Constituídas de rochas magmáticas e sedimentares. É o espaço da biosfera.



 Com o resfriamento do núcleo terrestre, a dinâmica da crosta sentiu os efeitos dos movimentos internos do planeta como os então identificados, na teoria da deriva continental por Wegner, 1912. O cientista destaca os deslocamentos produzidos na litosfera com a divisão da superfície terrestre em placas originadas por esta atividade sísmica. 
A principio esta pressão interna da Terra movimentou um volume gigantesco de massa incandescente que se projetou em sentido diferente e do interior para a área mais estável do planeta, a crosta terrestre, atingindo o único e solidificado espaço que denominamos Pangeia (200 milhões de anos).
Neste esforço produz-se uma ruptura separando este em duas partes, dando origem a Laurasia  -  Eurásia e América do Norte e Gondwana  - América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia.

As correntes de convecção, movimentos internos do magma, contribuem neste processo mobilizado pelo calor que é produzido no núcleo terrestre, o que gera a subida de massas quentes do manto, No sentido contrário, as massas mais superficiais, que estão mais frias, descem. O movimento das placas é reforçado pelo peso das placas frias e densas, que se afundam nas fossas e reforçam o movimento cíclico que trazem o magma proveniente das profundezas do interior da Terra.

As placas contatam umas com as outras ao longo dos seus limites, estando estes comumente associados a eventos geológicos como terremotos e a criação de cadeias montanhosas, vulcões e fossas oceânicas.
A maioria dos vulcões ativos do mundo hoje em dia, situa-se ao longo dos limites de placas, sendo a zona do Círculo de Fogo do Pacífico a mais conhecida e ativa. 

As grandes estruturas da Terra:
Escudos cristalinos – são dobramentos antigos, surgidos do entrechoque das massas continentais quando da origem da Pangeia.
Bacias Sedimentares –São de formação antiga ou recente. As antigas, consolidadas ao longo das era Paleozóica e Mesozóica, resultaram da ação destrutiva da erosão sobre os maciços ou escudos cristalinos, pré-cambrianos e da decomposição dos materiais nas áreas rebaixadas. As mais recentes originam-se da sedimentação da Era Cenozóica.
Dobramentos Modernos – originou-se do entrechoque de placas ocorridas no final do período Cretáceo e início do período Terciário exemplo da formação da Cordilheira Andina.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Brasil Região Norte


A Região Norte é caracterizada pelo domínio natural da Amazônia que corresponde a uma superfície de cerca 3.5 milhões de km2, envolvendo a Planície Amazônica, as depressões e baixos planaltos que as circundam.
Sua riqueza está em um relevo levemente plano por onde percorre o maior rio do mundo, rio Amazonas com mais de 7100 km. Suas nascentes  está na laguna Mclnty no Nevado de Mismi, ao sul do Peru desaguando  no rio Apurimac . Entra em território brasileiro com o rio Solimões. A partir do encontro com o rio Negro denomina-se rio Amazonas.  Sua bacia é a maior do mundo com superfície próxima a 7milhões de km2.
http://www.youtube.com/watch?v=e8EfrVo8OQM
Suas planícies são delimitadas pelos baixos planaltos que pertencentes ao Planalto das Guianas e Brasileiros. É dominado pela floresta equatorial Amazônica que está sujeita a um regime equatorial de climas onde chuvas são constantes ao longo do ano. Sua rica drenagem possui mais de 1000 tributários, possibilita, no período do verão, desaguar em sua foz, na ilha de Marajó mais de 250.000 m3/s de água. É um dos rios mais caudalosos do mundo. Suas margens permitem o desenvolvimento de uma dinâmica toda especial, apresentando:










Floresta ou Mata de terra firme – onde se assenta a maior parte dos ribeirinhos e que praticamente não ocorre invasão das águas fluviais.
Igapó Caatinga amazônica– sujeita às inundações periódicas do rio respeitando suas cheias
Igarapés – áreas constantemente inundadas pelas águas do rio Amazonas
O solo amazônico possui camada fina de nutrientes. Fundo de antigo oceano, é muito pobre,  fato que impõe, por parte das raízes, uma rápida absorção de nutrientes beneficiando-se também da acelerada decomposição de materiais orgânicos .
A ocupação deste domínio vegetal singular se deu:
1- Período colonial onde jesuítas catequizavam e exploravam drogas do sertão
2- Períodos imperiais, estimulados pelo ciclo da borracha muitos nordestinos migraram como mão de obra para a extração do látex, matéria prima essencial para a indústria automotiva e de bens industriais, espaço explorado por grupos nacionais e estrangeiros.
3-Com o esforço de guerra (IIGM) agiliza-se a retirada de látex por meio de uma campanha de apoio norte-americano a fim de abastecer as indústrias bélicas.
4-Nos últimos anos os esforços do governo tentam integrar o território criando a Zona Franca de Manaus.
A ocupação humana de fato tem provocado acelerado desmatamento continuo que atendem a expansão dos cultivos mecanizados de soja, apesar das criações de reservas extrativas por parte do governo federal.
A  Floresta Amazônica é alvo de projetos mal sucedidos por parte do governo, onde vivem povos da floresta que retiram seu sustento deste espaço e continuamente queimada para dar espaço às lavouras de curta duração, pastos improdutivos e retirada de madeiras de lei que seguem para o consumo de compradores no mercado internacional.

Identifique neste vídeo as principais características de sua paisagem.


Brasil Região Sul

A colonização no sul do país iniciou-se com as missões jesuíticas e a pratica da criação de gado.


Para estabelecer uma fronteira estável na divisa das colônias espanholas e portuguesa, o governo doou terras para os migrantes que se estabelecessem e povoassem a região.
Na região litorânea fixaram-se os açorianos; italianos na Serra Gaúcha, Vale do rio Tubarão; alemães Vale do Itajaí; poloneses e ucranianos no Vale do rio Ivaí; japoneses norte do Paraná.
Cada família recebia uma pequena propriedade e a família administrava e produzia e dentro da colônia, cada um especializava-se e produzia um produto de mercado para as trocas entre si ocorrerem. A produção de carne atendia o Sudeste.

A paisagem natural do Sul predomina o clima subtropical com verões e inverno com acentuadas diferenças temperaturas. A vegetação é de campos limpos e na região serrana de Mata Atlântica e de Araucárias.
A produção no campo, modernizada, está relacionada com o arroz, trigo, soja com forte tendência de concentração de terras, principalmente a mecanizada para exportação.
Muitos pequenos proprietários, pela pressão dos grandes complexos agroindustriais migraram para as regiões Centro Oeste e Norte, liberando suas terras. Na região serrana a produção agrícola atende a agroindústria.

A indústria está aliada a produção de calçados, têxteis, cerâmicas, derivados de carne e embutidos, indústria petroquímica, máquinas, automobilística.
No Sul o setor de secundário baseia-se em indústrias tradicionais de bens de consumo não duráveis dependentes de  matérias primas vegetal e agropecuária.
Sua diversificação local ocorre com a implantação de:
- indústrias mecânicas - Curitiba
- indústrias cerâmicas, plásticos e metalúrgicos - Joinville
- indústrias carboquímicas - Criciúma e Siderópolis
- Pólo metalúrgico, químico e material elétrico, concentração industrial,  Canoas RM Porto  Alegre
- Indústrias têxteis, louça e brinquedos, Vale do Itajaí.

Brasil Região Nordeste


O processo de urbanização no Brasil ocorre a partir da colonização portuguesa especialmente com a instalação de infraestrutura necessária para escoamento de produtos agrícolas de exportação para a Europa. As primeiras cidades a se estruturarem foram Olinda e Recife.

 O escoamento da cana de açúcar fez com se montassem portos, armazéns, espaços para acondicionamento e preparação de produtos para o envio a metrópole portuguesa.

Sua localização litorânea e sua proximidade com a Europa – Portugal a favoreceram. Recife ficou conhecida como a Veneza brasileira onde a circulação de riquezas era acelerada então no século XVII.

Seu declínio começa em meados do século XVII, com a queda do valor do açúcar no mercado e o descobrimento de ouro na região Sudeste, no final do século XVII.


Características Locais

Zona da Mata – Faixa estreita, originalmente dominada pela Mata Atlântica. Por sua grande fertilidade (solo de massapé) sua mata original foi retirada para o plantio e produção canavieira, cacaueira e tabaco. É espaço tropical, clima quente e úmido. É o espaço urbano com intensa concentração populacional.

Sertão – Região planáltica, clima semi-árido por conta dos planaltos que impedem a entrada das massas de ar úmidas oceânicas. Solo raso, umidade baixa, temperatura elevada, sua vegetação é extremamente adaptada produzindo cactos (facheiro, xiquexique, mandacaru) e de caatingas, arbusto espinhosos e vegetação cujas folhas caem na época das prolongadas secas.
Veja como o dia a dia de uma família neste espaço do Nordeste de uma garotinha que tem sonhos a serem realizados.
É uma área demarcada pelo Polígono das Secas, onde os recursos federais são utilizados para frentes de trabalho, construção de açudes, barragens, poços, estradas de rodagem a fim de amenizar perdas da produção agrícola.

Agreste – Encontra-se entre o Sertão e a Zona da Mata, de tradição histórica (desde século XVI), tem a vocação agrícola desde o período colonial, atendendo com produtos hortifrutigranjeiros e agrícolas. É uma região úmida de encosta tropical voltada para o litoral com o semiárido a oeste. É tradicionalmente espaço policultor, onde se encontra a pequena propriedade, abastecedora das regiões urbanas litorâneas.


Meio Norte – Em contato com o espaço amazônico tem o domínio das palmáceas. É a Mata dos Cocais onde dominam as carnaúbas e babaçus. Com o avanço da soja e a ação antrópica encontra-se seriamente desmatada.

A extração de cera e óleo para uso industrial dá espaço para a formação de um grupo de trabalhadoras informais, as quebradeiras que atuam extraindo e quebrando cocos.

Assista o filme indicado abaixo e verifique as condições em que a população sertaneja vive em seu espaço

- Abril Despedaçado 
http://www.youtube.com/watch?v=Fymn9j1Q5Zg

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Brasil Região Sudeste



Características Naturais

O espaço extremamente ondulado, solos férteis, recebe o nome de “Mares de Morros”, com altitude que variam de 0 a 2890 metros, tem as áreas mais elevadas nas Serras da Mantiqueira, Canastra e Espinhaço, dominando, portanto, o espaço de planaltos com estreita faixa de planícies litorâneas.

Por encontrar-se entre os trópicos em sua maior parte é destaque o clima tropical, tropical de altitude, tropical úmido e subtropical.

Os espaços mais expostos à influência oceânica (maritimidade) possibilitam a formação da floresta tropical e Mata Atlântica, conforme dirigimo-nos para o interior, a umidade diminui pesar da influência das massas equatoriais da Amazônia (MEC) há o domínio dos cerrados (campos limpos mesclados por arbustos).

Ocupação do Espaço
A ocupação do espaço desta Região está relacionada com as descobertas a partir do século XVI, com a ocupação do espaço canavieiro, a instalação de usinas produtoras de açúcar na Capitania de São Vicente. Com a descoberta de ouro no final do século XVII, trouxe um grande número de migrantes de diversos lugares inclusive de Portugal.

Os escravos eram trazidos das decadentes lavouras canavieiras do Nordeste para as de mineração que tiveram seu auge no século XVIII. Núcleos urbanos rapidamente se desenvolveram ao redor das áreas de exploração mineradora de Ouro Preto (antiga Vila Rica), Mariana, Congonhas do Campo, Tiradentes, São João Del Rei, além das áreas portuárias de escoamento de minério como Rio de Janeiro, Parati, Vila de Iguape. Simultaneamente, a agricultura e a pecuária desenvolveram-se para dar suporte à economia local de minérios.

Substituída pela produção de café, com a acentuada queda da extração de ouro, tornou-se o principal produto agrícola a partir do século XVIII e XIX. O trabalho escravo é redirecionado para a produção agrícola cafeeira até a abolição dos escravos (1888).

A produção do café principalmente desenvolveu-se no Vale do Paraíba Fluminense ocupando o Vale do Paraíba Paulista, Campinas, Sorocaba e Oeste Paulista até o norte do Paraná.

Uma infraestrutura de transportes foi montada, as estradas de ferro são implantadas para o escoamento da produção para o porto de Santos.

A entrada de imigrantes foi oportuna e necessária para substituição da mão de obra escrava. Equipamentos, modernização de portos tiveram investimentos do Estado e do capital cafeeiro. São Paulo tornou-se centro do comércio cafeeiro.


Indústria em São Paulo

O início da industrialização na cidade de São Paulo inicia com a instalação das indústrias em torno das ferrovias próximas aos bairros como Brás, MoócaBelenzinho, Barra Funda, Água Funda aonde vão se instalar os operários destas fábricas, maioria de imigrantes que vieram trabalhar na agricultura cafeeira. Nesta época, montadoras já existentes como a General Motors e a Toyota possuem galpões alugados no bairro do Ipiranga (1925).

Além do capital e por possuir maior infra-estrutura, mão de obra imigrante, mercado, abastecimento, comercialização da produção, eficiência e redução de custos de transportes via ferrovia, proximidade de portos para exportação, facilitou a aceleração da concentração e a diversificação industrial da cidade.

Esta aceleração econômica induziu grandes fluxos de migrações externas como internas e do campo. Nas décadas de 50 e 60 ocorre o êxodo rural mudando o perfil de concentração de população maior na cidade do que no campo.

Na década de 70 o estado de São Paulo respondia por mais de 58% da produção industrial nacional e a região metropolitana (RMC) respondia por 77,52% do valor da transformação industrial do Estado, a cidade de São Paulo 48,59 % e o interior 22,48%. As regiões industriais na capital e em sua periferia ficam congestionadas. A valorização de terrenos e impostos desestimula a atividade industrial.

Considerando a alta dos custos de produção tanto 
na capital como na região metropolitana relacionados à mão de obra, transportes, impostos e uma legislação ambiental mais vigorosa, as empresas tomaram a iniciativa de se retirarem deste espaço sendo que após 20 anos (1990) a cidade de São Paulo respondia por 30% do valor da transformação industrial a RMSP 58,92.% e o interior do estado 41,07%.Fonte: FIESP/CIESP, 1982 e 1984; IBGE - Censos Industriais de 1970, 1980,1985; MTB - Anuário RAIS de 1985, 1990 e 1991; SENAI/DPEA, 1980 e 1981

Os números de estabelecimentos industriais fixaram-se principalmente ao longo dos principais eixos rodoviários Dutra, Raposo Tavares, Anhanguera, Regis Bittencourt, Washington Luis, Anchieta, Castelo Branco.

No início do século XXI, Pesquisa Industrial Anual (IBGE 2005) mostrou que a Região Sudeste ainda concentra 63,5% do valor de transformação industrial com 54,3% dos postos de trabalho, Sul com 17,7 % de VTI e 25,2% dos postos, Nordeste com 9,3% de VTI e 12,4% dos postos, Centro Oeste com 3,7% de VTI e 4,5% dos postos, Norte com 5,8% do VTI e 3,6% dos postos.

Houve perdas de postos de trabalhos, na desconcentração em São Paulo e Rio de Janeiro, e ganhos para as regiões Sul, Nordeste, Centro Oeste e Minas Gerais (1996-2005), com ganhos nos setores do petróleo e álcool, indústria extrativa, metalurgia básica, transporte.

Esta desconcentração industrial vem ocorrendo, inclusive na região Sudeste por conta: busca de mão de obra mais barata, incentivos governamentais dos estados das regiões Nordeste, Norte, Centro Oeste, disputa fiscal entre Estados e municípios.

Para o estado de São Paulo a desconcentração vem ocorrendo, entretanto com certa concentração com a aglutinação das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, São José dos Campos, Santos e áreas vizinhas como Sorocaba, Jundiaí e Piracicaba denominada de macrometropole.


Cultura

O modo de ser da população é resultado das migrações que para cá vieram, configurando o modo multicultural de ser, com hábitos de comunidades asiáticas do extremo oriente (japoneses, coreanos), sírios libaneses e israelitas (Meio Oriente), africanos, europeus (italianos, portugueses, espanhóis, alemães).

As relações sociais ora ocorrem em seu restrito espaço de convivência social ora integrando-se à comunidade nacional por meio da miscigenação.

A cultura caipira no Sudeste é destaque, pois sua influência estende-se para todo o interior de São Paulo e Centro Oeste.

A cidade de São Paulo se destaca nesta região, verifique por   meio deste vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=EKQFxVNmCeQ

Bibliografia e consulta

http://www.museudacidade.sp.gov.br/bandeirante-imagens.php
http://douradocidadeonline.blogspot.com.br/2011/09/origem-caipira.html
http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/geral/port/ouro.asp
http://www.emplasa.sp.gov.br/emplasa/

Organização do Espaço Brasileiro


Economia: Brasil

O café tornou-se o principal produto agrícola de exportação do Brasil, meados do século XIX. Sua produção em escala começou em Campos (RJ) dirigindo-se ao Vale do Paraíba fluminense e depois Vale do Paraíba paulista. Sua produção era escoada para Parati (RJ) e Santos (SP).
Suas fazendas eram auto-sustentáveis e em 1850, com a abolição da escravatura, mudou-se o modelo de produção, utilizando-se mão de obra imigrante, liberando os escravos. Portanto mudanças sociais ocorreram, a economia modernizou-se o trabalho no campo assalariado ganhou espaço abrindo-se novas frentes produtoras de café que se estenderam para o interior de São Paulo em direção a Campinas, oeste paulista, norte do Paraná.
Os fazendeiros paulistas se utilizaram de boa parte dos lucros provenientes da exportação e investiram na ampliação dos cafezais, mas também no setor industrial paulista e fluminense.
Com a queda da Bolsa de Nova Iorque (1929) tanto o café como a economia brasileira dependente deste único produto exportador teve perdas com a abertura de falência de várias empresas, produtores, comerciantes.
O Brasil apesar de ser ainda o maior produtor de café do mundo e o maior exportador, vem, quanto produto, perdendo importância relativa considerando a diversificação da economia nacional. O custo de sua mão de obra também é significativo, representa 50% dos custos de produção.
Indústria
A organização do espaço industrial surgiu no início do século XIX com as oficinas artesanais (RJ, MG, SP) voltados para a produção de sabão, velas de sebo, rapé, fiação, tecelagem, alimentos, fundição de ferro e metais, lã e seda utilizando tanto mão de obra livre como escrava. Estabelecimentos manufatureiros, oficinas artesanais maiores, destacam-se entre 1831 e 1840 produzindo chapéus, pentes de tartaruga, ferraria e serraria, fiação e tecelagem, sabão e velas, vidros, tapetes e oleados.  É um setor bem restrito neste período, devido à auto-suficiência das fazendas, a falta de capitais e o alto custo da produção e os produtos concorrentes importados altamente competitivos. O Estado começou a incentivar o crescimento da indústria nacional, estimulando uma proliferação de capitais cujo destino maior foi para o setor da indústria têxtil e a contratação de mão de obra livre invés da escrava. Estabelecimentos manufatureiros multiplicam-se como a indústria metalúrgica para inclusive construir navios a vapor. Incentivos como a não taxação de impostos sobre matérias primas importados para indústrias nacionais possibilitou competir com produtos estrangeiros além de taxar os importados em cerca de 40%. A Guerra civil norte americana e a Guerra do Paraguai (1860) beneficiaram a indústria têxtil e a indústria bélica, pois acabou produzindo algodão e equipamentos bélicos fim de atender o mercado norte americano e internacional e as Forças Armadas. Na década de 70, com a decadência da cafeicultura no Vale do Paraíba e de áreas produtoras de açúcar produtores investiram no setor têxtil e em outros setores da indústria ocorrendo grande expansão. No final do século XIX e início do século XX o Brasil continuava a importar matérias primas, máquinas, equipamentos e grande parte dos bens de consumo.  
                                              
A partir da década de 30 com a queda da Bolsa de Nova Iorque e a mudança de governo, Getúlio Vargas toma a frente e impõe um modelo industrial cujo maior objetivo é o de substituir produtos importados por nacionais. A II Guerra Mundial e as dificuldades no mercado internacional facilitaram o desenvolvimento da indústria nacional. Criou-se uma infraestrutura para o setor da indústria de base e energia:
Conselho Nacional do Petróleo – cuja função era a de, no setor do petróleo, controlar a extração, refino, avaliar, fiscalizar e pesquisar - 1938
Companhia Siderúrgica Nacional – usina siderúrgica para produção de metais ferrosos e aço – 1946
Companhia do Vale do Rio Doce – extração de minérios metálicos e não metálicos- 1942
Companhia Hidrelétrica do São Francisco – geração de energia - 1945
Outro ponto positivo foi o êxodo rural considerando o enfraquecimento da produção agrícola cafeeira permite a migração para a cidade dos colonos e expande atrelada a uma política de leis trabalhista que obrigam os proprietários rurais a contratarem, em carteira, o trabalhador. O mercado de consumo interno promove também a concentração urbana industrial no espaço restrito entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais incentivados pelas indústrias locadas nesta região.
Em uma distinta fase, Juscelino Kubitschek, cria o Plano de Metas, apesar do alto endividamento público, tinha por objetivo realizar um programa de atividades na área de infraestrutura projetados para serem desenvolvidos ao longo de 50 anos em apenas 5 (1956 a 1961) a fim de eliminar os pontos de estrangulamento, ou seja, aqueles que não permitiam o desenvolvimento econômico do país.
Os investimentos voltaram-se para abertura de estradas, siderúrgicas, usinas hidroelétricas, marinha mercante e a construção de Brasília.
Os setores prioritários de seu Plano relacionavam-se
Educação – criação da UNB
Transporte - construção das rodovias radiais, perimetrais, indústria automobilística
Energia – investimentos na Eletrobrás, duplicando parque gerador
Alimentação – expansão das fronteiras agrícolas, mecanização agrícola
Indústria de base – investimentos na Companhia Siderúrgica Nacional e na Companhia Siderúrgica  Belgo Mineira
O governo JK abriu a economia para o capital internacional atraindo o investimento de montadoras de automóveis como a Volkswagen, Ford, GM instalando suas fábricas em São Paulo, região do ABC e Rio de Janeiro atraindo a migração do campo e de outras regiões do Nordeste e Norte, inclusive para a construção da cidade de Brasília.


Com o golpe militar (1964 - 1985) as políticas públicas de governo para o setor da indústria e para a economia no Brasil seguiu as diretrizes de um projeto maior de gestão denominada Plano Nacional de Desenvolvimento que tinha por objetivos:
I Plano Nacional de Metas (1972 a 1974) Objetivo:
- Crescimento econômico brasileiro estimado em 8% a 9% ao ano
- Projetos de integração nacional com Planos de Desenvolvimento Regional e empresas públicas integradas às políticas de governo como EMBRAPA – transportes, corredores de exportação, telecomunicações como construção da ponte Rio-Niterói, Rodovia Transamazônica,  hidrelétrica 3 Marias e Itaipú.






II Plano Nacional de Desenvolvimento (1974 a 1979) Objetivo:
- Estratégias para o enfrentamento da crise do petróleo e sua dependência, investimentos em energias alternativas (o álcool e nuclear), destaque no crescimento industrial de produtos químicos e fertilizantes reduzindo a dependência de bens de capital e petróleo; prioridades no setor energético, siderúrgico e petroquímico


 



 Reforma Agrária e redistribuição de terras com ocupação produtiva da Amazônia e do Centro Oeste
Consolidação de uma sociedade industrial moderna com modelo  de economia competitiva com desconcentração industrial
Indústria em São Paulo
O início da industrialização na cidade de São Paulo inicia com a instalação das indústrias em torno das ferrovias próximas aos bairros como Brás, Mooca, Belenzinho, Barra Funda, Água Funda aonde vão se instalar os operários destas fábricas, maioria de imigrantes que vieram trabalhar na agricultura cafeeira.  Nesta época, montadoras já existentes como a General Motors e a Toyota possuem galpões alugados no bairro do Ipiranga (1925).
Além do capital e por possuir maior infra-estrutura, mão de obra imigrante, mercado, abastecimento, comercialização da produção, eficiência e redução de custos de transportes via ferrovia, proximidade de portos para exportação, facilitou a aceleração da concentração e a diversificação industrial da cidade.
Esta aceleração econômica induziu grandes fluxos de migrações externas como internas e do campo. Nas décadas de 50 e 60 ocorre o êxodo rural mudando o perfil de concentração de população maior na cidade do que no campo.
Na década de 70 o estado de São Paulo respondia por mais de 58% da produção industrial nacional e a região metropolitana (RMC) respondia por 77,52% do valor da transformação industrial do Estado, a cidade de São Paulo 48,59 % e o interior 22,48%. As regiões industriais na capital e em sua periferia ficam congestionadas. A valorização de terrenos e impostos desestimula a atividade industrial.
Considerando a alta dos custos de produção tanto na capital como na região metropolitana relacionados à mão de obra, transportes, impostos e uma legislação ambiental mais vigorosa, as empresas tomaram a iniciativa de se retirarem deste espaço sendo que após 20 anos (1990) a cidade de São Paulo respondia por 30% do valor da transformação industrial a RMSP 58,92.% e o interior do estado 41,07%.Fonte: FIESP/CIESP, 1982 e 1984; IBGE - Censos Industriais de 1970, 1980,1985; MTB - Anuário RAIS de 1985, 1990 e 1991; SENAI/DPEA, 1980 e 1981
Os números de estabelecimentos industriais fixaram-se principalmente ao longo dos principais eixos rodoviários Dutra, Raposo Tavares, Anhanguera, Regis Bittencourt, Washington Luis, Anchieta, Castelo Branco.
No início do século XXI, Pesquisa Industrial Anual (IBGE 2005) mostrou que a Região Sudeste ainda concentra 63,5% do valor de transformação industrial com 54,3% dos postos de trabalho, Sul com 17,7 % de VTI e 25,2% dos postos, Nordeste com 9,3% de VTI e 12,4% dos postos, Centro Oeste com 3,7% de VTI e 4,5% dos postos, Norte com 5,8% do VTI e 3,6% dos postos.
Houve perdas de postos de trabalhos, na desconcentração em São Paulo e Rio de Janeiro, e ganhos para as regiões Sul, Nordeste, Centro Oeste e Minas Gerais (1996-2005), com ganhos nos setores do petróleo e álcool, indústria extrativa, metalurgia básica, transporte.
Esta desconcentração industrial vem ocorrendo, inclusive na região Sudeste por conta: busca de mão de obra mais barata, incentivos governamentais dos estados das regiões Nordeste, Norte, Centro Oeste, disputa fiscal entre Estados e municípios.
Para o estado de São Paulo a desconcentração vem ocorrendo, entretanto com certa concentração com a aglutinação das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, São José dos Campos, Santos e áreas vizinhas como Sorocaba, Jundiaí e Piracicaba denominada de macrometropole.

Bibliografia e consultas
http://www.abic.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=38
http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2004/artigos/08_190.pdf
http://fortium.edu.br/blog/ailton_guimaraes/files/2010/04/Economia-Brasileira-nota-de-aula-62.pdf
http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/historia_republica-industria-automobilistica
http://www.emplasa.sp.gov.br/emplasa/