quarta-feira, 30 de maio de 2012

Brasil - Urbanização


O processo de urbanização no Brasil ocorre a partir da colonização portuguesa especialmente com a instalação de infraestrutura necessária para escoamento de produtos agrícolas de exportação para a Europa. As primeiras cidades a se estruturarem foram Olinda e Recife.
Casa Recife séc.XVIII
 O escoamento da cana de açúcar fez com se montassem portos, armazéns, espaços para acondicionamento e preparação de produtos para o envio a metrópole.
Sua localização litorânea e sua proximidade com a Europa – Portugal a favoreceram. Recife ficou conhecida como a Veneza brasileira onde a circulação de riquezas era acelerada então no século XVII.
Com a queda da importância econômica do açúcar a região entrou em decadência e os bandeirantes, na Região Sudeste, começam a descobrir ouro e pedras preciosas.
Inicia-se a migração de um grande contingente de aventureiros, comerciantes, escravos adquiridos da região nordeste, pessoas de varias regiões da colônia como de Portugal deslocam-se para Vila Rica, atual Ouro Preto (Minas Gerais), onde a exploração de ouro possibilitou o desenvolvimento urbano local inclusive as redondezas surgindo Mariana, Congonhas do Campo entre outros povoados.
Vários caminhos, pelos bandeirantes foram sendo abertos ou aproveitavam os já existentes, muitas vezes abertos pelos índios. Vilas e povoados iam sendo criados. A cidade de Campinas e exemplo, pois funcionava como local de parada e pousio para os tropeiros que transportavam ouro no caminho de Goiases levando minérios das minas de Mato Grosso e Goiás para a capital da colônia. Varias outras cidades foram sendo fundadas ao longo deste caminho como Mogi Guacu.
 Com a queda da produção de ouro, século XVIII, o café introduzido no Brasil em escala, no norte fluminense (região de Campos) começa a ser exportado com sucesso e a cultura cafeeira começa a ocupar o Vale do Paraíba fluminense e o Vale do Paraíba paulista alcançando o centro e oeste do Estado de São Paulo.
Esta riqueza se traduz em desenvolvimento para os espaços aonde são instaladas as linhas de estrada de ferro e suas respectivas estações onde centros de distribuição e um comercio no entorno começa a surgir.
Os lucros obtidos da produção cafeeira são reinvestidos na produção industrial principalmente quando o comercio de café e abalado pela crise de 1929.
 A população, especialmente a do campo, no Brasil, migrou, aceleradamente a partir da década de 30, para a cidade.
O investimento e o desenvolvimento em máquinas, a possibilidade da produção em  escala transformaram o espaço urbano em industrial, esta revolução, permite a introdução de equipamentos mecanizados no campo a produção de insumos – fertilizantes, adubos, sementes tratadas, levando a revolução também no campo. Entre outros motivos, este cenário estimulou a vinda do homem para a cidade. São Paulo recebe estas indústrias iniciando a fase de industrialização no Brasil (final século XIX inicio do século XX).
Na década de 70 mais da metade da população brasileira encontrava-se nas cidades.
O êxodo rural ocorreu devido a modernização do pais entretanto as migrações para o espaço urbano ocorreram de forma desigual e diferenciada no espaço brasileiro.
Na região Sudeste, devido aos capitais cafeeiros, rapidamente a industrialização e a dinâmica do comércio, tecnologia e serviços incentivaram a migração aos centros urbanos de destaque SP, RJ com uma expressiva atividade de transformação, concentrando 90% da população, ocorrendo inclusive migrações da região Nordeste, já que esta tinha um fraco dinamismo industrial-comercial limitando a saída do homem do campo também pelo fato de apresentar pequenas propriedades (agreste) o que desmotivavam sua migração. Já no Sertão, especialmente no período das estiagens, a migração era essencial produzindo um movimento periódico de saída e retorno (pendular) do trabalhador rural.
Na região Sul a migração ocorrera com o fim da produção cafeeira e com o início do plantio da soja. A agricultura de grande escala, empresarial, predominou intensificando os fluxos de população rural para a cidade ou para outras regiões cujas fronteiras se ampliavam.
Na região Centro Oeste com o avanço da tecnologia de correção de solos e implantação de sistemas modernos de irrigação a migração e mais intensa inclusive da região Sul.
 Outro grande impulso foi o deslocamento da capital federal e a construção da cidade de Brasília.
Na região Norte a concentração urbana ocorre em Manaus e Belém. Com a recente industrialização em Manaus, por conta de incentivos federais e criada a SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca de Manaus.
 No ano 2000, 80% da população brasileira concentrava-se no espaço urbano (IBGE 2000).
Regiões cuja industrialização foi acelerada, como a cidade de Campinas a concentração na cidade, atualmente chega a 98% da população.
 No Brasil estes números alcançam mais de 70% da população nos 5564 municípios do país.


Veja os cenários de mudanças ocorridas nos espaços urbanos no Brasil. Exemplo de Copacabana-RJ
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/simuladoreseanimacoes/geografia_2010/evolucao_orla_copacabana.swf

Assista o vídeo http://megafilmeshd.net/cidade-de-deus/

Faça a pesquisa das cidades no Brasil http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1

Conheça os Estados e os lugares no Brasil
http://rived.mec.gov.br/atividades/matematica/decifrando_mapas/mat1_ativ1.swf

Estados Unidos

Organização do espaço territorial
 A guerra da independência (1775-1783) separou a colônia (13 colônias inglesas na América do Norte) da metrópole inglesa e fundaram os Estados Unidos fruto de uma errada estratégia de criar novas taxas e impostos pelos ingleses que necessitavam reequilibrar suas contas e gastos de guerras contra os franceses.
Liderado pelas elites comerciais e proprietários de terras que organizaram rapidamente seu espaço editaram a Declaração de Independência  e a Constituição Americana.
Mapa expansão territorial EUA

As 13 colônias originais expandiram-se para oeste, incorporando os seguintes territórios:
Meio Oeste – Tratado de Paris 1783
Louisiania – adquirida da França 1803
Norte – cedido pela Inglaterra 1818
Florida – adquirido da Espanha 1818
Maine – cedido pela Inglaterra 1842
Texas – anexado em 1845
Oregon – cedido pela Inglaterra 1846
Califórnia – do México anexado 1848
Gadsten – adquirido da Rússia em 1853
Alasca – adquirido da Rússia  em 1867
Havaí – anexado em 1898
Porto Rico – cedido pela Espanha em 1898

Sua independência e esta expansão  foi resultado de tratados, aquisições, confrontos militares resultado de rupturas de antigos modelos de governo (monarquias absolutistas) balizados pelas idéias iluministas. A construção  de uma nova forma de pensar – o Destino Manifesto estimulou o expansionismo territorial.

Planos e conflitos
 As idéias de como planejar o desenvolvimento econômico eram contraditórios já que o Norte industrializando-se necessitava de mão de obra livre assalariada para produzir e consumir com o foco no desenvolvimento interno e fruto de sua colonização de povoamento. Sua estrutura agrícola esta configurada nas pequenas propriedades desenvolvidas pela agricultura familiar.
O Sul herdou o modelo colonial onde a colonização por exploração  priorizava a extração dos recursos naturais e produtos agrícolas para exportação.
Latifundiários necessitavam de mais terras para suas plantations ( produção agrícola de monocultura tropical  de exportação ) aumentar produção em escala, barateando seus custos na mão de obra escrava.
O conflito de idéias tornou-se um conflito militar (1861- 1865) originando a Guerra de Secessão.
Com a vitória  dos Estados do Norte -União - os sulistas - Confederados - abriram mão dos escravos configurando um novo momento social político econômico dos EUA.
A expansão da agricultura familiar (oeste) e o crescimento industrial acelerou  entrada de imigrantes onde se dispõe – Brancos no norte e centro, hispânicos no sul e sudoeste e negros no sudoeste.
Três grandes momentos da imigração são
1840 a 1860 – colonização agrícola para o Oeste
1870 a 1920 – industrialização e consolidação da ocupação agrícola
1950 a 2010 – atividades em serviços
      70 % da população é branca, 15% hispânicos, 10% negros, 4% asiáticos e 1% outros.
Os ingleses que originalmente colonizaram e seus descendentes, não receberam tão bem estes imigrantes recentes de forma que os hostilizaram e restringiram-se a imigração (1902).
A discriminação  também  se estende na distribuição de renda, salários, oportunidades, empregos e ate em guetos (segregação espacial).

Economia EUA
 A economia dos EUA é  planejada em cinturões denominados de belts.
A indústria ( Manufacturing belt) tem seu início na região Nordeste e nos Grandes Lagos ao lado dos mercados consumidores, próximo ao mercado europeu com a indústria têxtil. A localização  dos recursos minerais e energéticos  - carvão e ferro potencializa e reforça o desenvolvimento da indústria siderúrgica, automobilística, metalurgia. A circulação lacustre abre espaço pelos Grandes Lagos para o oceano Atlântico  e integrem o espaço industrial de Chicago, Pittsburg e Detroit.
Com os custos de produção elevados a desconcentração  industrial para as regiões Sul onde uma infraestrutura e construída (rodovias x hidrovias) energia petrolífera com produção crescente e Oeste implantando indústrias militares e de alta tecnologia, como no Vale do Silício, justifica-se a influência dos países asiáticos como o Japão e a China e os Tigres Asiáticos . Esta é a região do Sun belt.

Assista o vídeo: http://youtu.be/X2WzdNbilis


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Brasil Colonia

Economia: Colônia
O Brasil possui, historicamente, duas fases distintas de organização do espaço:
a.    A organização do espaço Pré – Colombiano, que representa o modo como a sociedade nativa se estabelecia neste espaço e que representavam etnias diferenciadas como os Jê, Tapuia, Aruaques, Tupinambás, Guaranis, Tupis entre outros.
b.    Organização do Espaço Brasileiro colonial, administrado pela metrópole portuguesa e que tinha um objetivo totalmente diferente dos nativos locais que era o de explorar o espaço e o trabalho local por meio da servidão.
O modo de pensar, agir, produzir e circular riquezas do modelo destes pré-colombianos era o de produzir para manutenção de sua subsistência, retirando dele apenas o necessário para sua sobrevivência, portanto o impacto referente  aos recursos naturais disponíveis era mínimo desenvolvendo relações  com o meio sem agressão em grande escala.


O modelo europeu de ocupação e de relacionamento com o meio não tinha outro objetivo senão o de extrair os recursos naturais e suas riquezas com o fim de comercializá-las em larga escala, seja na Europa ou no Velho Mundo. Portanto sua meta não era desenvolver este território, mas utilizá-lo como reserva estratégica para suas necessidades de mercado.
A ocupação, em um primeiro momento, se realiza ao longo do litoral, preferindo-se as localidades próximas ao continente europeu como a faixa litorânea da região Nordeste.
A interiorização do território colonial só ocorre quando as bandeiras, grupos volantes autônomos de exploração, saem em busca de mão de obra para apresamento e na descoberta de metais e pedras preciosas.
Bandeirante
                                       
Um modelo de ocupação e organização territorial é utilizado denominado de Capitanias Hereditárias, sistema adotado por Portugal em outras colônias com sucesso onde no Brasil, faixas de terras, paralelas entre si no sentido latitudinal divididas em 15 foram distribuídas a nobres que o rei ordenou que fossem ocupadas. Não tendo retorno financeiro desejado com exceção das Capitanias de Pernambuco e São Vicente que prosperaram com a produção canavieira teve várias adaptações mantendo, no entanto sua natureza de hereditariedade, sendo repassada para filhos não podendo comercializá-la ou vendê-la.


Marques de Pombal, em 1759, extingue o sistema de hereditariedade, porém o modelo de capitanias permanece até o fim do Brasil Colônia, um ano antes de sua independência.
Foi criado um governo geral, logo em seu início com Tomé de Sousa (1548) que centralizaria as orientações do rei de Portugal para cumprir-se o projeto colonizador e de ocupação da colônia. O governo geral permaneceu até a vinda do rei D.João VI para o Brasil.
Uma de suas principais funções era o de cuidar de arrecadar impostos, organizar defesa contra invasores e possíveis revoltas internas além de julgar demandas da colônia.
O plano de ocupação, portanto ocorreu pela implantação da cidade de Salvador, capital colonial, desenvolvimento da agricultura canavieira no Nordeste com destaque para as cidades de Recife e Olinda, portuárias onde ocorriam o escoamento da produção para Portugal. Construção de fortes e o estabelecimento de guarnições ao longo do litoral e em lugares estratégicos, principais rios, estuários  e principais cidades, Rio de Janeiro, Parati, São Vicente, Fortaleza.
A princípio o alvo de invasões estava relacionado ao extrativismo da madeira denominado Pau Brasil século XVI, entretanto a partir de 1532 com o início do ciclo da cana de açúcar (século XVI e XVII) e o nordeste apresentando solo (argiloso) e de fácil adaptação à cultura recebendo investimentos para a implantação de infraestrutura – engenhos, produção e transformação tornaram-se também áreas de interesse estrangeiro como dos holandeses que invadiram Salvador (1624), Recife e Olinda (1630) e os franceses no Rio de Janeiro (1555) e Maranhão (1612). Sendo expulsos pelas tropas portuguesas e coloniais reforçou-se a ocupação do espaço litorâneo e suas fortificações.
O surgimento dos espaços urbanos no Nordeste destacando Recife, Olinda trouxe novas demandas de fornecimento de alimentos e carne levando esta estrutura ser implantada no interior da região especialmente ao longo do rio São Francisco denominado então rio dos Currais como também no Agreste.
Com a queda da demanda do açúcar na Europa e com o descobrimento de metais valiosos (ouro) e pedras preciosas (esmeralda e diamantes), século XVIII, e por meio dos bandeirantes, na então Capitania de São Paulo, uma onda migração de portugueses e de outros colonos de diferentes regiões como do Nordeste ocuparam os espaços da região Sudeste.
Para um maior controle do escoamento destas riquezas a capital da colônia é transferida de Salvador para a cidade do Rio de Janeiro. Novos caminhos são abertos para o transporte do ouro (1710) de Minas diretamente à cidade do Rio de Janeiro, antes, porém, este transporte era realizado pela Estrada Real (antigo caminho de indígenas) que ligava diretamente o porto de Paraty até as Minas.
Na região de Minas a possibilidade de enriquecimento atraiu grande população, dinamizou a economia local, a circulação de mercadorias, animais, alimentos e o alto poder aquisitivo gerado pelo ouro e diamantes multiplicou as atividades comerciais também elevando os preços daquilo que se produzia no local ou não. Esta economia acelerada multiplicou fornecedores, mercadores e novos caminhos abertos para a circulação de riquezas.

Entre os que se destacam o Caminho Geral que ligava as minas à capitania de São Paulo, Caminho do São Francisco que ligava à região Nordeste, Caminho das Novas Gerais que ligava á capital colonial, Rio de Janeiro. As descobertas também se estenderam para Goiás, Mato Grosso e Bahia Povoamentos, vilas, aglomerados de casas, pousios se formavam ao longo dos caminhos, que davam guarida ao tropeiro viajante, o condutor de tropa de mulas. Destas muitas se tornaram cidades como Mogi Mirim, Mogi Guaçu, Ouro Fino e Campinas (Caminho dos Goaises). Com o esgotamento das jazidas, no fim do século XVIII, a economia colonial entre em declínio dando início a uma nova fase de produção agrícola: o café.

No início do século XIX, já independente o Brasil Imperial inicia grandes investimentos na melhoria de vias de circulação já que sua principal atividade econômica era de exportação de produtos agrícolas e matérias primas. Permitiu a participação da iniciativa privada na construção de estradas de ferro como foi realizada pelos barões de café ou ainda no desenvolvimento da indústria naval com destaque ao barão de Mauá.

A vinda dos europeus para as Américas mudou a história deste continente permanentemente. 

Agropecuária

A agropecuária e o comércio de alimentos
Na medida em que o homem desenvolveu técnicas para fixar-se no campo, tornando-se sedentário e em que se estabelecia no espaço, apropriou-se de domínios técnicos que possibilitou o conhecimento e a domesticação de animais – pecuária, com a reprodução e a especialização de determinadas espécies bovinos, suínos, eqüinos, ovinos tanto para corte como para leite (laticínios) e transporte, como também o desenvolvimento de técnicas que possibilitaram o domínio da reprodução vegetal – plantio, reprodução de frutas, legumes e verduras em quantidade e qualidade e variedade.
A produção do excedente, a troca de produtos e a especialização de técnicas permitiram o desenvolvimento global e a divisão internacional de trabalho, organizou o espaço de produção de produtos e matérias primas. Como por exemplo, a produção de alimentos de primeira necessidade ficou por conta dos cereais e seus derivados para os países ricos como EUA, países da Europa Ocidental, Central e Leste, China. Trigo, aveia, centeio, cevada, arroz, frutas secas e legumes em geral.
Para os países mais dependentes de tecnologia, as especializações na produção de produtos de segunda necessidade são desenvolvidas em modelos de plantation – produtos agrícolas, monoculturas tropicais, exclusivos para exportação, geralmente controlados por empresas de capital externo. Neste espaço estão países africanos, asiáticos e latinos americanos que produzem banana, cacau, amendoim, cana de açúcar, soja, fornecendo matéria prima para indústrias de alimentos, têxtil – algodão, juta ou indústrias da borracha – para produção de pneus e derivados.
De acordo com sua situação geográfica, o homem necessita adaptar-se, vendo a possibilidade de retirar de seu solo a maior variedade possível de grãos, leguminosas, verificando as condições de topografia, clima, integração e acesso ao consumidor; não devendo descuidar de como tratar a terra para esta lhe proporcionar o melhor retorno possível em produção. Portanto as técnicas mais utilizadas são:
- Rotação de cultura que tem por objetivo evitar a exaustão do solo, trocando as culturas a cada novo plantio visando recuperação de solo, a reciclagem de nutrientes, controlando doenças pragas ervas daninhas doenças

- Irrigação - tem por objetivo controlar o fornecimento de água, em quantidade suficiente para as culturas trabalhando com a sobrevivência e produtividade das plantas. Variados métodos são utilizados como os de aspersão, gotejamento, infiltração.

- Terraceamento técnica utilizada para manutenção de solo com o objetivo de conter a erosão em terrenos muito inclinados. Necessita profundo conhecimento técnico usando pouca mecanização local.
- Plantio em curva de nível tem por objetivo o evitar o acúmulo de água na superfície, para diminuir a velocidade das águas e evitar a perda do solo vegetal
Estas atividades podem ser acompanhadas com serviços que envolvem alta tecnologia, corporações rurais que se utilizam de atividades intensivas de trato com a terra como, por exemplo, empresas agrícolas sediadas no Brasil que mantém uma estrutura de produção de cana de açúcar e beneficiamento em usinas, utilizando mecanização sofisticada – tratores, colheitadeiras, aviões agrícolas, com uso de insumos, fertilizantes e adubos, que realizam todo este produção em larga escala.Sua sofisticação e especialização chegou ao nível de que o bagaço, ou o resíduo da cana de açúcar após o processamento industrial ser utilizado na queima para geração de energia então  repassada à Companhia de Energia responsável.
A falta de capital no campo gera abandono subaproveitamento, subprodução. Neste espaço, as técnicas extensivas estão relacionadas aos latifúndios que tem em seu pasto gado muitas vezes mal cuidadas, não vacinadas, debilitadas e que tem como alimentação as gramíneas exclusivamente encontradas nos pastos. Ao contrário de uma fazenda de gado de corte ou de leite que investe em ração balanceada, possui uma equipe especializada que cuida da saúde de seus animais, usando técnicas que os beneficiem, utilizando-se de inseminação artificial e tem espaço para ter qualidade em seu desenvolvimento.
Considerando o mercado mundial e de exportação, o ponto de desequilíbrio, está exatamente na diferença de valores entre os produtos agrícolas de 1ª necessidade e os de 2ª necessidade levando em conta que o alimento é muito mais valorizado comercialmente, além de protegido por diversas tarifações pelos países desenvolvidos– EUA, União Européia. Considere ainda que estas potências investem e desenvolvem  biotecnologia e modelos de produção que produzem técnicas de alto valor agregado – sementes transgênicas, defensivos, herbicidas, inseticidas.Os países desenvolvidos incentivam a produção local por meio de subsídios (incentivos) agrícolas aos seus produtores.
Exemplos clássicos contemporâneos do agrobussiness (negócios agrícolas):
União Européia
A política agrícola da União Européia está fundamentada nas tradições históricas, limitada não raras vezes, países são  importadores de alimentos, não muito produtiva como o caso da França, cuja estrutura fundiária está assentada em pequenas propriedades, mesmo sendo auto suficiente, boa parte da população vive do trabalho do campo.
A região sul mediterrânea européia, apresenta grandes latifúndios com excessiva exploração da mão de obra.
A industrialização agrícola é uma realidade entretanto o alto valor da terra e as taxas de produção não fazem frente aos competitivos produtos agrícolas brasileiros ou americanos.Desta maneira os subsídios e o financiamento partem de Políticas Agrícolas Comuns da União Européia –PAC- ser uma realidade nos dias de hoje.
Estados Unidos
A estrutura econômica norte americana está assentada em belts que são cinturões especializados em territórios e que apresentam recursos naturais necessários para sua existência.
Estes atributos estão relacionados à qualidade do solo, tipo de clima, relevo, capacidade hídrica, tipo de irrigação, valor da terra, localização geográfica, demanda de mercado, capitais.
 Geralmente os belts são monoculturas altamente mecanizadas, que recebem maciços capitais, com alto retorno produtivo e que pratica uma verdadeira e moderna agricultura comercial.
Os principais cinturões são:
- Wheat belt – produção de trigo
- Cotton belt – produção de algodão
- Corn belt – produção de milho
- Green belt- produção de horti-fruti-granjeiros
- Dry farming - áreas produtora de uvas para vinhos finos

Assista o vídeo e identifique os diferentes problemas enfrentados no  combate a fome e na produção de alimentos pelo mundo.

Como são produzidos os alimentos em larga escala e quais são seus pontos negativos?



Administre uma fazenda

Fonte de pesquisa bibliográfica




Energia



O uso da energia no setor industrial

A energia é a mola que possibilita o desenvolvimento 
da sociedade e da economia.
O homem sempre necessitou da energia para realizar 
trabalho, ou seja,orientar e utilizar processos e procedimentos para movimentar e alcançar determinados fins.
O trabalho realizado no campo ou a simples produção do fogo gera energia para determinados fins como 
iluminar o ambiente ou ainda utilizar a força humana 
para produção agrícola via arado. No planejamento humano o uso da energia sempre foi essencial para 
alcançar seus fins.
A princípio o uso da energia demandou habilidades como o domínio do fogo, o uso da tração humana, animal por fim o uso de máquinas por meio da queima de combustíveis fósseis – carvão e petróleo e por fim a nuclear.
A princípio a força hidráulica possibilitou o desenvolvi
mento da indústria leve, têxtil, que não exigia grande 
capital, porém um território que pudesse gerar por 
meio de rios, sua energia eram muito valorizados. É 
uma matriz seletiva pois exigia água em abundância e gerava pouca energia, proporcional ao curso do rio e 
de seu regime.
A  Revolução Industrial, no século XVIII se deu com o desenvolvimento da siderurgia na produção do aço, o descobrimento e adaptação de máquinas a vapor na mineração e na laminação usam de máquinas nos setores de fiação e tecelagem para produção em escala utiliza-se do carvão como matriz energética.
O ciclo do carvão desenvolveu especialmente a indús
tria da siderurgia (metais ferrosos) e a metalurgia (me
tais não ferrosos). Os transportes foram amplamente 
beneficiados com o desenvolvimento das locomotivas a vapor, barcos a vapor, pequenos veículos começaram a se locomover com o mesmo modelo de motor pe
quenos triciclos. Esta fonte geradora de energia era dispendiosa, cara, ineficiente e poluente
O carvão gerando vapor, dificulta o deslocamento da matéria energética para a unidade de produção consi
derando a localização da unidade de produção não evitando o encarecimento dos custos de transporte. O mais viável era o de compatibilizar fonte de energia com unidade de produção e mercado consumidor.
Os grandes conglomerados industriais, portanto, na  Revolução Industrial, localizavam-se próximos às 
fontes de energia, unidades de produção e mercado 
consumidor
A poluição e a era do carvão foi substituída por uma 
fonte de energia também não renovável, entretanto menos poluente, com uma flexibilidade muito maior, o pe
tróleo.
Com a  Revolução Industrial, surge a era do petróleo e da petroquímica. O ciclo do petróleo inicia-se com
sucesso no final do século XIX e possibilita não  o 
desenvolvimento e o aperfeiçoamento da indústria de 
transporte por meio do combustível (gasolina e diesel para automóveis leves e pesados, navios, locomotivas,caminhões e querosene para aviões e foguetes, como também a indústria petroquímica que, por meio de tor
res de destilação da unidade produtora, deriva itens essenciais utilizados para a indústria final como fertilizan
tes, asfalto e ainda o nafta, material utilizado para pro
dução de vernizes fórmicas, tintas, borrachas (pneus, 
solados), nylon, corantes em geral. Esta era torna-se
um sucesso com o fim das grandes guerras pois a 
substituição de produtos em especial os de base que 
terão maior vida útil, resistência, durabilidade e eficiência.
Este também é o momento da indústria de 
eletrodomésticos, pois, com a invenção da eletricidade a parcial substituição de motores a vapor a 
combustão, amplia a diversificação de bens duráveis 
como o rádio, televisão, geladeiras, fogão, aspirador 
de pó, iluminação em geral, integra diversifica e unificao mercado global com a expansão de produtos e serviços.
Entretanto com a freqüente crise do petróleo nas décadas de 70 e 80 e com o uso intensivo dos recursos e
nergéticos, a visão de que o recurso natural, que pode
riam ser renováveis,  começa a ser questionada, poisa intensidade e o consumo destes recursos não têm 
permitido sua renovação natural.
A  Revolução Industrial desenvolve-se na medida
em que a ciência e tecnologia vêm dar resposta a este cenário que necessita apresentar produtos e serviços que venham ser consumidos com menor quantidade 
de energia, na sua fabricação e uso, com tecnologia 
que atenda às necessidades do consumidor.
Esta revolução inicia-se na década de 70 e que se
destaca nos setores da biotecnologia, informática, robótica, serviços via internet, o uso de alta tecnologia, computadores e softwares, microeletrônica, telefonia fixa e móvel, indústria aeroespacial.
No contraponto as energias alternativas são também 
outro item importante nesta nova fase da geografia dasindústrias que tem como possibilidade o uso da ener
gia  solar para geração de energia elétrica  para 
indústrias e domicílios ou a energia de biomassa gera
da, no caso das usinas de cana de açúcar, através do bagaço da cana, ou ainda a energia eólica tão usada 
nos moinhos de ventos de forma mecânica na área rural como também utilizada na atualidade para converter-se em energia elétrica e ser distribuída para residências,
comércio e indústria e a energia geotérmica utilizando
o calor natural do interior da terra e enviado para geradores para produção de energia térmica e ou elétrica.