terça-feira, 19 de março de 2013

Capitalismo Industrial


Capitalismo Comercial e Industrial
As grandes navegações é efeito direto dos sucessivos impedimentos da circulação de bens e mercadorias provenientes da Ásia na região Otomana. A partir do séc  XV da nossa era cristã. Estados e nações iniciam, expedições que viabilizassem, por meio de rotas alternativas, alcançar as Índias, o Japão e a China. (Destacam-se, pelo seu poderio naval Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Países Baixos).São momentos de grandes descobertas, anexação de territórios, infelizmente da prática da escravidão nos espaços conquistados. 


O objetivo é alcançar a Ásia costeando a África, ou alternativa que possa alcançar as Índias e o Extremo Oriente. As especiarias, os metais preciosos (ouro e prata), entre outros estão nos planos deste novo empreendimento.


Conquistando territórios, estes Estados acumularam lucros. Sua prática econômica era o Mercantilismo que controlava o mercado entre a colônia (território dominado) e a Metrópole (potencia dominadora) estipulando com quem a dominada deveria realizar seu comércio e qual deveria ser o valor de sua mercadoria. Freqüentemente a única parceira comercial da colônia era sua metrópole. 


Este período que permitiu a acumulação de capital por trocas comerciais vantajosas beneficiando os burgueses europeus (comerciantes) ficou conhecido por Capitalismo Comercial. 

Importante entender que a interferência direta dos governos europeus e suas forças militares garantiam a manutenção deste status e as vantagens nas negociações comerciais entre metrópole e colônia. Seu interesse direto estava nos metais preciosos, pois a riqueza de um país era medida pela quantidade de ouro, prata e pedras preciosas que possuísse. 



Capitalismo Industrial

Com a alta demanda de produtos para o mercado e um conjunto de fatores favoráveis presente (transporte, matéria prima, energia, mão de obra, tecnologia) além do capital acumulado pelo Capitalismo Comercial, os empreendedores burgueses não duvidaram que o momento fosse o de mudar o modo de produzir, que era artesanal (feita pelas mãos dos homens artesãos) para o modo de produção industrial, feita pela máquina. 
A partir deste momento o artesão, que dominava técnicas de produção artesanal do produto, passa a ser contratado como assalariado para produzir em larga escala para o empreendedor fabril, o dono da fábrica ou do meio de produção.
O início das indústrias está relacionado com a tímida e limitada produção têxtil cuja matriz utilizada era a força hidráulica para movimentar as máquinas de tear mecânicas por meio das rodas d’água. As unidades fabris deveriam estar próximas dos rios, portanto a energia hidráulica impulsionava a indústria têxtil. A indústria da fundição de metais no século XIX substituía a lenha da madeira na produção, pelo carvão mineral que apresentava a qualidade de elevar mais a temperatura na fusão de metais através do seu alto poder calorífico. Simultaneamente os inventos do motor a explosão possibilitou o uso do vapor do carvão como energia de impulsão de máquinas, entre os exemplos, em especial para transportes, temos as locomotivas e os navios a vapor. Sendo assim as empresas de fundição procuraram localizarem-se próximas às jazidas de carvão. Cidades industriais surgiram perto das mesmas como as inglesas Liverpool e Manchester ou Colônia e Essen na Alemanha.Esta é a 1a Revolução Industrial.

2ª Revolução Industrial desenvolve-se nos setores da produção de bens duráveis diferentes da 1ª Revolução Industrial que estava voltado para a produção de bens não duráveis com o setor da indústria têxtil e alimentício.
Os carros movidos a motor a explosão, o uso da energia elétrica para movimentação de bens eletrodomésticos, o telégrafo e a indústria petroquímica e seus subprodutos - nylon, borracha sintética, laminados, tubulações e descartáveis, são marcas de uma nova fase que surge com as inovações tecnológicas que vem ocorrendo no setor industrial.

Na escala de atender e organizar os setores de produção temos:- Indústrias de base ou de bens de produção, recebem matéria prima e realiza a transformação necessária para as indústrias enviar às indústrias de bens de consumo. Exemplo as indústrias siderúrgicas recebem o minério de ferro, das indústrias extrativas, e os transforma em chapas que serão enviadas para as empresas automobilísticas produzirem carros e ainda o principal produto siderúrgico, referência de desenvolvimento industrial: o aço.
Assista o vídeo http://youtu.be/CMGe7yuCHqE

Indústria de bens de capital – são as que incorporam tecnologia e concretizam com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos de alto valor agregado e cientifico. Estão voltados para a melhoria dos processos e procedimentos industriais e sua produtividade, controle e qualidade.
Novos inventos, experimentação e inovações são necessários. Novas respostas são necessárias para os problemas que se encontram na sociedade de consumo e tecnológica. As empresas acabam trabalhando em um ritmo de investimento, muitas vezes no limite de sua capacidade. Frentes de PxD (Pesquisa e Desenvolvimento) são essenciais bem como verbas e reinvestimentos que as vezes, dependendo do setor industrial pode chegar a 40%, como é o caso do setor de bens de produção – química , petróleo e petroquímica. Dupont, Rhodia. Fusões também são freqüentes permitindo a junção de know-how e conhecimento sobre determinadas áreas como a eletrônica e bens duráveis como a Walita-Phillips ou a Sony-Ericsson entre outros.


- Indústria de bens de consumo – São os bens de consumo rápido. Fazem parte deste setor as empresas que, recebendo matéria prima, as transformam em produtos de consumo final. Exemplo a indústria de calçados recebeu couro dos curtumes para produzir sapatos ou a de alimentos como a produção de laticínios e seus derivados do leite: queijo, manteiga, iogurte, creme de leite.


O lucro, que no Capitalismo Comercial era obtido pela diferença do valor do produto entre seu momento de compra e de venda, no Capitalismo Industrial estará relacionado diretamente ao quanto o empresário industrial irá pagar pelo trabalho realizado pelo trabalhador, ou seja, quanto será o valor de seu salário. Esta diferença, que é o lucro do empresário na sua produção chama-se de mais valia.


As indústrias no mundo

A organização do espaço possibilita e intensifica a circulação de riquezas. A infra-estrutura representada por segmentos essenciais como rodovias, ferrovias, hidrovias, aerovias, rede bancária e financeira, produção do saber (ciência e tecnologia) cristaliza e expande suas ações e influencia no mercado consumidor e conseqüentemente no espaço de formação de opinião. Possibilita também as alternativas e opções de atuação.

Atualmente a produção do espaço tem levado em conta a flexibilização de mecanismos que com facilidade respondem às necessidades do mercado consumidor. As unidades de produção atuais passaram por 3 revoluções industriais:



I- Revolução Industrial – a partir de 1750 , mecanização dos processos de produção por meio da máquina a vapor no transporte locomotiva, industria têxtil. Matéria prima era o carvão.

II Revolução Industrial –a partir de 1820 – mecanização dos processos de produção por meio do motor a gasolina ou base petrolífera. Descobrimento da eletricidade e o desenvolvimento dos bens duráveis especialmente as de linha de produção de eletrodomésticos.


III Revolução Industrial – a partir de 1970 – É a revolução tecnocientífica em que se revê a proposta do uso de energia eletro intensivas e o pensamento da preservação dos recursos naturais, a robótica, a informática, a biotecnologia, as telecomunicações, a internet. Um novo método de trabalho, de produção tecnológica de modelo de produção é proposto.


A tecnologia é fundamental neste momento, pois dela depende o ritmo e o andamento do atendimento das demandas e necessidades de mercado, portanto Tecnologia x Indústria A produção mundial de bens e serviços inicia-se com a circulação de riquezas em especial as de consumo. Quando o homem começa a dominar a produção e desenvolveu tecnologia inicia o processo de domínio do espaço.