quarta-feira, 23 de maio de 2012

Geologia



A Geologia é a ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura, propriedades físicas, história e os processos que lhe dão forma. A geologia relaciona-se com muitas outras ciências, em especial com a geografia, e astronomia.
Durante o século XIX a geologia debateu-se com a questão da idade da Terra. As estimativas variavam entre alguns milhões e bilhões de anos. No século XX o maior avanço da geologia foi o desenvolvimento da teoria da tectônica de placas nos anos 60, ao seu lado encontra-se a teoria da deriva dos continentes foi inicialmente proposta por Alfred Wegener e Arthur Holmes em 1912, mas não foi totalmente aceita até a teoria da tectônica de placas ser desenvolvida.
A tectônica de placas é uma teoria da geologia que descreve os movimentos de grande escala que ocorrem na litosfera terrestre.   
Na teoria da tectônica de placas a parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a crosta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera, que inclui a parte mais interior e viscosa do manto.

Numa escala temporal de milhões de anos, o manto parece comportar-se como um líquido superaquecido e extremamente viscoso, mas em resposta a forças repentinas, como os terremotos, comporta-se como um sólido rígido.
A litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectônicas e estas se deslocam sobre a astenosfera. Esta teoria surgiu a partir da observação de dois fenômenos geológicos distintos: a deriva continental e a expansão dos fundos oceânicos
As placas contatam umas com as outras ao longo dos seus limites, estando estes comumente associados a eventos geológicos como terremotos e a criação de cadeias montanhosas, vulcões e fossas oceânicas.
A maioria dos vulcões ativos do mundo hoje em dia, situa-se ao longo dos limites de placas, sendo a zona do Círculo de Fogo do Pacífico a mais conhecida e ativa.  Os terremotos tendem a concentrar-se em determinadas zonas, sobretudo ao longo das fossas oceânicas e das cordilheiras. Fazem parte das placas tectônicas a crosta continental e a crosta oceânica.
A distinção entre crosta continental e crosta oceânica está na diferença de densidades dos materiais que constituem cada uma delas; a crosta oceânica é mais densa devido às diferentes proporções dos elementos constituintes, em particular do silício. A crosta oceânica é mais pobre em sílica e mais rica em minerais mais densos enquanto que a crosta continental apresenta maior percentagem de minerais menos densos. A crosta oceânica está geralmente abaixo do nível do mar enquanto que a crosta continental se situa acima deste nível.
As placas podem se apresentar desta forma:
1-Transformantes- deslizam-se umas ás outras;
2-Divergentes – afastam-se uma das outras;
3- Convergentes – formando uma zona de subducção (placa mergulha sobre a outra) ou, quando colidem, constroem uma cadeia montanhosa. Existe a possibilidade de ocorrer um misto destes.
A tectônica de placas baseia-se na Teoria da Deriva Continental proposta por Alfred Wegner em1915, que considerava a costa da África Ocidental como, em algum período geológico, parte da costa Oriental da América do Sul. De forma consistente, Wegener também reuniu provas climatológicas e de evidencias fósseis que reforçam esta observação.
As placas movem-se devido à fraqueza relativa da astenosfera. A fonte da energia necessária para produzir este movimento está na dissipação de calor a partir do manto. Esta energia é transferida para a litosfera que possibilita a movimentação das placas. Há duas forças que movimentam este fenômeno: o atrito e a gravidade.
As correntes de convecção contribuem neste processo mobilizado pelo calor que é produzido no núcleo terrestre, o que gera a subida de massas quentes do manto, No sentido contrário, as massas mais superficiais, que estão mais frias, descem. O movimento das placas é reforçado pelo peso das placas frias e densas, que se afundam nas fossas e reforçam o movimento cíclico que trazem o magma proveniente das profundezas do interior da Terra e que procuram caminhos mais fáceis  se deslocando nas zonas de fraqueza, de contato com as placas,   fluindo ao longo das cordilheiras oceânicas, criando nova crosta oceânica. Neste processo a crosta oceânica antiga é consumida nas fossas (depressões estreitas e profundas), assim novo magma ascende e se exterioriza ao longo das cristas em expansão, formando novo piso oceânico mais jovem que as rochas continentais.






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