A Geologia é a ciência que estuda a Terra, sua
composição, estrutura, propriedades físicas, história e os processos que lhe
dão forma. A geologia relaciona-se com muitas outras ciências, em especial com
a geografia, e astronomia.
Durante o século XIX a geologia debateu-se com a
questão da idade da Terra. As estimativas variavam entre alguns milhões e
bilhões de anos. No século XX o maior avanço da geologia foi o desenvolvimento
da teoria da tectônica de placas nos anos 60, ao seu lado encontra-se a teoria
da deriva dos continentes foi inicialmente proposta por Alfred Wegener e Arthur
Holmes em 1912, mas não foi totalmente aceita até a teoria da tectônica de
placas ser desenvolvida.
A tectônica de placas é uma teoria da geologia
que descreve os movimentos de grande escala que ocorrem na litosfera
terrestre.
Na teoria da tectônica de placas a parte mais
exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a
crosta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera,
que inclui a parte mais interior e viscosa do manto.
Numa escala temporal de milhões de anos, o manto
parece comportar-se como um líquido superaquecido e extremamente viscoso, mas
em resposta a forças repentinas, como os terremotos, comporta-se como um sólido
rígido.
A litosfera encontra-se fragmentada em várias
placas tectônicas e estas se deslocam sobre a astenosfera. Esta teoria surgiu a
partir da observação de dois fenômenos geológicos distintos: a deriva
continental e a expansão dos fundos oceânicos
As placas contatam umas com as outras ao longo
dos seus limites, estando estes comumente associados a eventos geológicos como
terremotos e a criação de cadeias montanhosas, vulcões e fossas oceânicas.
A maioria dos vulcões ativos do mundo hoje em
dia, situa-se ao longo dos limites de placas, sendo a zona do Círculo de Fogo
do Pacífico a mais conhecida e ativa. Os terremotos tendem a
concentrar-se em determinadas zonas, sobretudo ao longo das fossas oceânicas e
das cordilheiras. Fazem parte das placas tectônicas a crosta continental e a
crosta oceânica.
A distinção entre crosta continental e crosta
oceânica está na diferença de densidades dos materiais que constituem cada uma
delas; a crosta oceânica é mais densa devido às diferentes proporções dos elementos
constituintes, em particular do silício. A crosta oceânica é mais pobre em
sílica e mais rica em minerais mais densos enquanto que a crosta continental
apresenta maior percentagem de minerais menos densos. A crosta oceânica está
geralmente abaixo do nível do mar enquanto que a crosta continental se situa
acima deste nível.
As placas podem se apresentar desta forma:
1-Transformantes- deslizam-se umas ás outras;
2-Divergentes – afastam-se uma das outras;
3- Convergentes – formando uma zona de subducção
(placa mergulha sobre a outra) ou, quando colidem, constroem uma cadeia
montanhosa. Existe a possibilidade de ocorrer um misto destes.
A tectônica de placas baseia-se na Teoria da
Deriva Continental proposta por Alfred Wegner em1915, que considerava a costa
da África Ocidental como, em algum período geológico, parte da costa Oriental
da América do Sul. De forma consistente, Wegener também reuniu provas
climatológicas e de evidencias fósseis que reforçam esta observação.
As placas movem-se devido à fraqueza relativa da
astenosfera. A fonte da energia necessária para produzir este movimento está na
dissipação de calor a partir do manto. Esta energia é transferida para a
litosfera que possibilita a movimentação das placas. Há duas forças que
movimentam este fenômeno: o atrito e a gravidade.
As correntes de convecção contribuem neste
processo mobilizado pelo calor que é produzido no núcleo terrestre, o que gera
a subida de massas quentes do manto, No sentido contrário, as massas mais
superficiais, que estão mais frias, descem. O movimento das placas é reforçado
pelo peso das placas frias e densas, que se afundam nas fossas e reforçam o
movimento cíclico que trazem o magma proveniente das profundezas do interior da
Terra e que procuram caminhos mais fáceis se deslocando nas zonas de
fraqueza, de contato com as placas, fluindo ao longo das cordilheiras
oceânicas, criando nova crosta oceânica. Neste processo a crosta oceânica
antiga é consumida nas fossas (depressões estreitas e profundas), assim novo
magma ascende e se exterioriza ao longo das cristas em expansão, formando novo
piso oceânico mais jovem que as rochas continentais.
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