A agropecuária e o comércio de alimentos
Na medida em que o homem desenvolveu técnicas para fixar-se no campo, tornando-se sedentário e em que se estabelecia no espaço, apropriou-se de domínios técnicos que possibilitou o conhecimento e a domesticação de animais – pecuária, com a reprodução e a especialização de determinadas espécies bovinos, suínos, eqüinos, ovinos tanto para corte como para leite (laticínios) e transporte, como também o desenvolvimento de técnicas que possibilitaram o domínio da reprodução vegetal – plantio, reprodução de frutas, legumes e verduras em quantidade e qualidade e variedade.
A produção do excedente, a troca de produtos e a especialização de técnicas permitiram o desenvolvimento global e a divisão internacional de trabalho, organizou o espaço de produção de produtos e matérias primas. Como por exemplo, a produção de alimentos de primeira necessidade ficou por conta dos cereais e seus derivados para os países ricos como EUA, países da Europa Ocidental, Central e Leste, China. Trigo, aveia, centeio, cevada, arroz, frutas secas e legumes em geral.
Para os países mais dependentes de tecnologia, as especializações na produção de produtos de segunda necessidade são desenvolvidas em modelos de plantation – produtos agrícolas, monoculturas tropicais, exclusivos para exportação, geralmente controlados por empresas de capital externo. Neste espaço estão países africanos, asiáticos e latinos americanos que produzem banana, cacau, amendoim, cana de açúcar, soja, fornecendo matéria prima para indústrias de alimentos, têxtil – algodão, juta ou indústrias da borracha – para produção de pneus e derivados.
De acordo com sua situação geográfica, o homem necessita adaptar-se, vendo a possibilidade de retirar de seu solo a maior variedade possível de grãos, leguminosas, verificando as condições de topografia, clima, integração e acesso ao consumidor; não devendo descuidar de como tratar a terra para esta lhe proporcionar o melhor retorno possível em produção. Portanto as técnicas mais utilizadas são:
- Rotação de cultura que tem por objetivo evitar a exaustão do solo, trocando as culturas a cada novo plantio visando recuperação de solo, a reciclagem de nutrientes, controlando doenças pragas ervas daninhas doenças
- Irrigação - tem por objetivo controlar o fornecimento de água, em quantidade suficiente para as culturas trabalhando com a sobrevivência e produtividade das plantas. Variados métodos são utilizados como os de aspersão, gotejamento, infiltração.
- Terraceamento técnica utilizada para manutenção de solo com o objetivo de conter a erosão em terrenos muito inclinados. Necessita profundo conhecimento técnico usando pouca mecanização local.
- Plantio em curva de nível tem por objetivo o evitar o acúmulo de água na superfície, para diminuir a velocidade das águas e evitar a perda do solo vegetal
Estas atividades podem ser acompanhadas com serviços que envolvem alta tecnologia, corporações rurais que se utilizam de atividades intensivas de trato com a terra como, por exemplo, empresas agrícolas sediadas no Brasil que mantém uma estrutura de produção de cana de açúcar e beneficiamento em usinas, utilizando mecanização sofisticada – tratores, colheitadeiras, aviões agrícolas, com uso de insumos, fertilizantes e adubos, que realizam todo este produção em larga escala.Sua sofisticação e especialização chegou ao nível de que o bagaço, ou o resíduo da cana de açúcar após o processamento industrial ser utilizado na queima para geração de energia então repassada à Companhia de Energia responsável.
A falta de capital no campo gera abandono subaproveitamento, subprodução. Neste espaço, as técnicas extensivas estão relacionadas aos latifúndios que tem em seu pasto gado muitas vezes mal cuidadas, não vacinadas, debilitadas e que tem como alimentação as gramíneas exclusivamente encontradas nos pastos. Ao contrário de uma fazenda de gado de corte ou de leite que investe em ração balanceada, possui uma equipe especializada que cuida da saúde de seus animais, usando técnicas que os beneficiem, utilizando-se de inseminação artificial e tem espaço para ter qualidade em seu desenvolvimento.
Considerando o mercado mundial e de exportação, o ponto de desequilíbrio, está exatamente na diferença de valores entre os produtos agrícolas de 1ª necessidade e os de 2ª necessidade levando em conta que o alimento é muito mais valorizado comercialmente, além de protegido por diversas tarifações pelos países desenvolvidos– EUA, União Européia. Considere ainda que estas potências investem e desenvolvem biotecnologia e modelos de produção que produzem técnicas de alto valor agregado – sementes transgênicas, defensivos, herbicidas, inseticidas.Os países desenvolvidos incentivam a produção local por meio de subsídios (incentivos) agrícolas aos seus produtores.
Exemplos clássicos contemporâneos do agrobussiness (negócios agrícolas):
União Européia
A política agrícola da União Européia está fundamentada nas tradições históricas, limitada não raras vezes, países são importadores de alimentos, não muito produtiva como o caso da França, cuja estrutura fundiária está assentada em pequenas propriedades, mesmo sendo auto suficiente, boa parte da população vive do trabalho do campo.
A região sul mediterrânea européia, apresenta grandes latifúndios com excessiva exploração da mão de obra.
A industrialização agrícola é uma realidade entretanto o alto valor da terra e as taxas de produção não fazem frente aos competitivos produtos agrícolas brasileiros ou americanos.Desta maneira os subsídios e o financiamento partem de Políticas Agrícolas Comuns da União Européia –PAC- ser uma realidade nos dias de hoje.
Estados Unidos
A estrutura econômica norte americana está assentada em belts que são cinturões especializados em territórios e que apresentam recursos naturais necessários para sua existência.
Estes atributos estão relacionados à qualidade do solo, tipo de clima, relevo, capacidade hídrica, tipo de irrigação, valor da terra, localização geográfica, demanda de mercado, capitais.
Geralmente os belts são monoculturas altamente mecanizadas, que recebem maciços capitais, com alto retorno produtivo e que pratica uma verdadeira e moderna agricultura comercial.
Os principais cinturões são:
- Wheat belt – produção de trigo
- Cotton belt – produção de algodão
- Corn belt – produção de milho
- Green belt- produção de horti-fruti-granjeiros
- Dry farming - áreas produtora de uvas para vinhos finos
Assista o vídeo e identifique os diferentes problemas enfrentados no combate a fome e na produção de alimentos pelo mundo.
Como são produzidos os alimentos em larga escala e quais são seus pontos negativos?
Administre uma fazenda
Fonte de pesquisa bibliográfica
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