O processo de urbanização no Brasil ocorre a partir da colonização portuguesa especialmente com a instalação de infraestrutura necessária para escoamento de produtos agrícolas de exportação para a Europa. As primeiras cidades a se estruturarem foram Olinda e Recife.
O escoamento da cana de açúcar fez com se montassem portos, armazéns, espaços para acondicionamento e preparação de produtos para o envio a metrópole.
Sua localização litorânea e sua proximidade com a Europa – Portugal a favoreceram. Recife ficou conhecida como a Veneza brasileira onde a circulação de riquezas era acelerada então no século XVII.
Com a queda da importância econômica do açúcar a região entrou em decadência e os bandeirantes, na Região Sudeste, começam a descobrir ouro e pedras preciosas.
Inicia-se a migração de um grande contingente de aventureiros, comerciantes, escravos adquiridos da região nordeste, pessoas de varias regiões da colônia como de Portugal deslocam-se para Vila Rica, atual Ouro Preto (Minas Gerais), onde a exploração de ouro possibilitou o desenvolvimento urbano local inclusive as redondezas surgindo Mariana, Congonhas do Campo entre outros povoados.
Vários caminhos, pelos bandeirantes foram sendo abertos ou aproveitavam os já existentes, muitas vezes abertos pelos índios. Vilas e povoados iam sendo criados. A cidade de Campinas e exemplo, pois funcionava como local de parada e pousio para os tropeiros que transportavam ouro no caminho de Goiases levando minérios das minas de Mato Grosso e Goiás para a capital da colônia. Varias outras cidades foram sendo fundadas ao longo deste caminho como Mogi Guacu.
Com a queda da produção de ouro, século XVIII, o café introduzido no Brasil em escala, no norte fluminense (região de Campos) começa a ser exportado com sucesso e a cultura cafeeira começa a ocupar o Vale do Paraíba fluminense e o Vale do Paraíba paulista alcançando o centro e oeste do Estado de São Paulo.
Esta riqueza se traduz em desenvolvimento para os espaços aonde são instaladas as linhas de estrada de ferro e suas respectivas estações onde centros de distribuição e um comercio no entorno começa a surgir.
Os lucros obtidos da produção cafeeira são reinvestidos na produção industrial principalmente quando o comercio de café e abalado pela crise de 1929.
A população, especialmente a do campo, no Brasil, migrou, aceleradamente a partir da década de 30, para a cidade.
O investimento e o desenvolvimento em máquinas, a possibilidade da produção em escala transformaram o espaço urbano em industrial, esta revolução, permite a introdução de equipamentos mecanizados no campo a produção de insumos – fertilizantes, adubos, sementes tratadas, levando a revolução também no campo. Entre outros motivos, este cenário estimulou a vinda do homem para a cidade. São Paulo recebe estas indústrias iniciando a fase de industrialização no Brasil (final século XIX inicio do século XX).
Na década de 70 mais da metade da população brasileira encontrava-se nas cidades.
O êxodo rural ocorreu devido a modernização do pais entretanto as migrações para o espaço urbano ocorreram de forma desigual e diferenciada no espaço brasileiro.
Na região Sudeste, devido aos capitais cafeeiros, rapidamente a industrialização e a dinâmica do comércio, tecnologia e serviços incentivaram a migração aos centros urbanos de destaque SP, RJ com uma expressiva atividade de transformação, concentrando 90% da população, ocorrendo inclusive migrações da região Nordeste, já que esta tinha um fraco dinamismo industrial-comercial limitando a saída do homem do campo também pelo fato de apresentar pequenas propriedades (agreste) o que desmotivavam sua migração. Já no Sertão, especialmente no período das estiagens, a migração era essencial produzindo um movimento periódico de saída e retorno (pendular) do trabalhador rural.
Na região Sul a migração ocorrera com o fim da produção cafeeira e com o início do plantio da soja. A agricultura de grande escala, empresarial, predominou intensificando os fluxos de população rural para a cidade ou para outras regiões cujas fronteiras se ampliavam.
Na região Centro Oeste com o avanço da tecnologia de correção de solos e implantação de sistemas modernos de irrigação a migração e mais intensa inclusive da região Sul.
Outro grande impulso foi o deslocamento da capital federal e a construção da cidade de Brasília.
Na região Norte a concentração urbana ocorre em Manaus e Belém. Com a recente industrialização em Manaus, por conta de incentivos federais e criada a SUFRAMA – Superintendência da Zona Franca de Manaus.
No ano 2000, 80% da população brasileira concentrava-se no espaço urbano (IBGE 2000).
Regiões cuja industrialização foi acelerada, como a cidade de Campinas a concentração na cidade, atualmente chega a 98% da população.
No Brasil estes números alcançam mais de 70% da população nos 5564 municípios do país.
Veja os cenários de mudanças ocorridas nos espaços urbanos no Brasil. Exemplo de Copacabana-RJ
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