O continente africano com 30 milhões de km2, 20,3% da superfície das
terras firmes e é envolvido pelas linhas tropicais Câncer (norte) Capricórnio
(Sul) e Equador (Centro) apresenta um relevo dominado por planaltos, porção
leste, com cordilheiras produto de dobramentos (montanhas) apresentando
elevações de 5000 metros
de altitude e vales (rifit valley) encaixados onde se encontram formações
lacustres (lagos).
Esta
configuração irá determinar uma paisagem especial e diversa de florestas
equatoriais-tropicais, estepes, savanas, vegetação de deserto e vegetação
mediterrânica relacionados diretamente a
sua altitude e latitude intertropical.
A
vegetação de deserto está relacionada aos desertos Kalahari e Saara resultado
da ação das correntes marítimas frias que circundam do sudoeste e do noroeste
do continente. Nas altitudes mais elevadas teremos as vegetações de altitude
(campos), savanas nas baixas latitudes, floresta tropical-equatorial nas áreas
sujeitas a umidade das massas de ar oceânicas e a vegetação mediterrânica
sujeita ao clima seco porém chuvoso no inverno.
Ocupação
O
norte africano, em contato com povos asiáticos e europeus desde a antiguidade,
acolheu culturas de povos exploradores como os fenícios, provenientes do
Oriente Médio, fundaram Cartago. Este território posteriormente dominados pelos
romanos, foram também ocupados pelos pelos árabes onde foi introduzida a
cultura e a religião islâmica. A civilização
egipcia é o destaque que, na era dos faraós, muito influenciou o mundo antigo.
Com
a entrada dos árabes no continente também entrou o modelo de tráfico de pessoas,
que posteriormente foi aderido pelos europeus, em especial portugueses, no
período das Grandes Navegações e formação colonial das Américas.
Foram
300 anos de tráfico que gerou uma migração de de 15 milhões de negros cujo
porto principal de saída eram os portos da Costa da Guine, (costa ocidental) e
portos de Zanzibar e Moçambique.
Os
africanos apresavam seus inimigos em geral (de tribos derrotadas) e revendiam
aos traficantes exportadores. Estas organizações eram denominadas de Reinos
negreiros. O tráfico negreiro continuou na África ate inicio do século XX.
Ainda nos dias atuais as rivalidades tribais são significativas no continente
africano.
África seu Estado atual
O
Congresso de Berlim (1884 – 1885) tendo como anfitrião o chanceler alemão Otto
Von Bismarck, incumbiu-se de realizar as discussões sobre o futuro do
continente africano e estabelecer as bases para a futura partilha entre as
potencias industriais européias e EUA.Posteriormente, final do séc XIX
dividiram-se o território africano em colônias delimitando suas fronteiras.
A
África atual, portanto, e resultado da organização realizada pelos europeus no
século XIX e XX quando então havia necessidade de atender a Europa com matérias
primas minerais e vegetais e simultaneamente tornar-se mercado consumidor.
Esta
divisão não respeitou espaços étnicos e culturais. Freqüentemente nações com
divergência de pensamentos e valores foram colocados em um mesmo espaço
geográfico o que posteriormente tornou-se objeto de intensos conflitos e
confrontos.
Estes
limites fronteiriços foram mantidos mesmo depois da colonização européia deixar
de existir e continuaram com a mesma delimitação posteriormente com a criação
dos atuais Estados africanos que ocorreram em sua maioria na década de 60.
fonte:GeoConceição
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A descolonização e a criação destes atuais Estados ocorreram de maneiras
variadas, como por negociação (Reino Unido), mantendo laços de cooperação
econômica, social e militar (França), movimentos armados (Portugal) e
freqüentemente este poder político não foi passado de forma democrática para as
autoridades nativas, produzindo hostilidades tribais entre o empossado e seus
oponentes.As guerras étnicas são constantes no continente africano.
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