quarta-feira, 6 de novembro de 2013
História de Campinas
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Índice de Desenvolvimento Humano
O que é desenvolvimento humano?
O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como
um processo de ampliação das escolhas das pessoas para que elas tenham
capacidades e oportunidades para serem aquilo que desejam ser.
Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico,
que vê o bem-estar de uma sociedade apenas pelos recursos ou pela renda que ela
pode gerar, a abordagem de desenvolvimento humano procura olhar diretamente
para as pessoas, suas oportunidades e capacidades. A renda é importante, mas
como um dos meios do desenvolvimento e não como seu fim. É uma mudança de
perspectiva: com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento
econômico, ou da renda, para o ser humano.
O conceito de Desenvolvimento Humano também parte do
pressuposto de que para medir o avanço na qualidade de vida de uma população é
preciso ir além da visão puramente
econômica e considerar outras características sociais, culturais e políticas
que influenciam a qualidade da vida humana. Esse conceito é a base do Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) e do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH),
publicados anualmente pelo PNUD - Programa das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento.
O que é IDH?
O objetivo da criação do Índice de Desenvolvimento Humano
foi o de encontrar outro indicador que substituísse outro sinalizador sócio
econômico muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que
considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista
indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH
pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Apesar de
ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento humano, o IDH não abrange todos
os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da “felicidade” das
pessoas, nem indica “o melhor lugar no mundo para se viver”. Democracia,
participação, equidade, sustentabilidade são outros dos muitos aspectos do
desenvolvimento humano que não são contemplados no IDH.
Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano
completou 20 anos, novas metodologias foram incorporadas para o cálculo do IDH.
Atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são
mensurados da seguinte forma:
·
Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela
expectativa de vida;
·
O acesso ao conhecimento (educação) é medido
por: a) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de
educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e b) a expectativa
de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é
o número total de anos de escolaridade que uma criança na idade de iniciar a
vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de
matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da
criança;
·
E o padrão de vida (renda) é medido pela Renda
Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP)
constante, em dólar, tendo 2005 como anos de referência.
Publicado pela primeira vez em 1990, o índice é calculado
anualmente. Desde 2010, sua série histórica é recalculada devido ao movimento
de entrada e saída de países e às adaptações metodológicas, o que possibilita
uma análise de tendências. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um
índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e,
no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administrações
regionais através do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M).
O IDH-M é um ajuste metodológico ao IDH Global, e foi
publicado em 1998 (a partir dos dados do Censo de 1970, 1980, 1991) e em 2003
(a partir dos dados do Censo de 2000).
O Brasil e o Índice de Desenvolvimento Humano no mundo
O Brasil ocupa a 84ª posição entre 187 países avaliados
pelo IDH (relatório do Desenvolvimento Humano 2011).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil em 2011
é de 0,718 na escala que vai de 0
a 1. O índice é usado como referência da qualidade de
vida e desenvolvimento sem se prender apenas em índices econômicos.
O país com mais alto IDH em 2011 é a Noruega, que alcançou
a marca de 0,943. Os cinco primeiros colocados do ranking são, pela ordem,
Noruega, Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. Segundo o Pnud, o
pior IDH entre os países avaliados é o da República Democrática do Congo, com
índice 0,286. Os cinco últimos são Chade, NDMoçambique, Burundi, Níger e
República Democrática do Congo.
O índice que se baseia em dados como a expectativa de
vida, a escolaridade, a expectativa de escolaridade e a renda média mudaram a
fonte de alguns dos dados usados na comparação. A expectativa é ter os mais
recentes dados comparáveis entre os diferentes países.
No ano passado, o Brasil aparecia classificado como o 73º
melhor IDH de 169 países, mas, segundo o Pnud, o país estaria em 85º em 2010,
se fosse usada a nova metodologia. Desta forma, pode-se dizer que em 2011 o
país ganhou uma posição no índice em relação ao ano anterior, ficando em 84º
lugar.
O Pnud não soube indicar o que motivou a mudança de
classificação do Brasil. Mas, analisando os indicadores avaliados – expectativa
de vida, anos médios de escolaridade, anos esperados de escolaridade e renda
nacional bruta per capita – dois tiveram mudanças: expectativa de vida e renda
nacional bruta.
O Brasil aparece entre os países considerados de
“Desenvolvimento Humano Elevado”, a segunda melhor categoria do ranking, que
tem 47 países com “Desenvolvimento Humano Muito Elevado” (acima de IDH 0,793),
além de 47 de “Desenvolvimento Humano Médio” (entre 0,522 e 0,698) e 46 de
“Desenvolvimento Humano Baixo” (abaixo de 0,510).
De acordo com os dados usados no relatório, o rendimento
anual dos brasileiros é de US$ 10.162, e a expectativa de vida, de 73,5 anos. A
escolaridade é de 7,2 anos de estudo, e a expectativa de vida escolar é de 13,8
anos.
O cálculo de IDH alterou neste ano a fonte de informação
sobre renda dos países. O dado agora passou a ser alinhado ao Relatório do
Banco Mundial. O problema é que o dado dessa fonte é mais antigo (de 2005) do
que o usado no relatório IDH de 2010 (que era de 2008). Os números foram
ajustados e a comparação possível é que passamos de uma renda nacional bruta
per capita de US$ 9.812 , em 2010, para US$ 10.162 em 2011.
No material divulgado pelo Pnud é possível comparar as
tendências do IDH de todos os países por índice e por valor total desde 1980. O
destaque no caso brasileiro é para a renda, que aumentou 40% no período. No
mesmo tempo, a expectativa de vida aumentou em 11 anos; a média de anos de escolaridade
aumentou em 4,6 anos, mas o tempo esperado de escolaridade diminuiu.
Novos índices
Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade
(IDHAD)
O IDH é uma medida média das conquistas de desenvolvimento
humano básico em um país. Como todas as médias, o IDH, não mostra a realidade,
a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano entre a população no
nível de país. O IDH 2010 introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que
leva em consideração a desigualdade em todas as três dimensões do IDH não
levando em conta o valor médio de cada dimensão de acordo com seu nível de
desigualdade.
Com a introdução do IDHAD, o IDH tradicional pode ser
visto como um índice de desenvolvimento humano “potencial” e o IDHAD como um
índice do desenvolvimento humano “real”.
Índice de Desigualdade de Gênero (IDG)
O Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) reflete
desigualdades com base em três dimensões – saúde reprodutiva, autonomia e
atividade econômica. A saúde reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade
materna e de fertilidade entre as adolescentes; a autonomia é medida pela
proporção de assentos parlamentares ocupados por cada gênero e a obtenção de
educação secundária ou superior por cada gênero; e a atividade econômica é
medida pela taxa de participação no mercado de trabalho.
Índice de Pobreza Multidimensional (IPM)
O IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza Multidimensional
(IPM), que identifica privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida
nos mesmos domicílios. As dimensões de educação e saúde se baseiam em dois
indicadores cada, enquanto a dimensão do padrão de vida se baseia em seis
indicadores. Todos os indicadores necessários para elaborar o IPM para um
domicílio são obtidos pela mesma pesquisa domiciliar.
Os níveis de privação são computados para cada domicílio
na pesquisa. Um corte de 33,3% é usado para distinguir entre os pobres e os não
pobres. Se o nível de privação domiciliar for 33,3% ou maior, esse domicílio (e
todos nele) é multidimensionalmente pobre. Os domicílios com um nível de
privação maior que ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis ou
estão em risco de se tornarem multidimensionalmente pobres.
Ele tem como objetivo acompanhar a pobreza que vai além da
pobreza de renda, medida pelo percentual da população que vive abaixo de PPP
US$1,25 por dia. Ela mostra que a pobreza de renda relata apenas uma parte da
história.
Além do valor usado tradicionalmente para indicar o
desenvolvimento humano de cada país, o relatório deste ano apresenta novos
índices: IDH Ajustado à Desigualdade, Índice de Desigualdade de Gênero e Índice
de Pobreza Multidimensional.
O IDH ajustado à desigualdade faz um retrato mais real do
desenvolvimento do país, ajustando às realidades de cada um deles. Com isso, o
IDH tradicional passa a ser visto como um desenvolvimento potencial. Levando a
desigualdade em conta, o Brasil perde, em 2011, 27,7% do seu IDH tradicional. O
componente renda (dentre renda, expectativa de vida e educação) é que mais
influi nesse percentual.
No índice de desigualdade de gênero, o Brasil fica em
patamar intermediário quando comparado com os BRICS. O índice brasileiro é de
0,449. Rússia tem 0,338; China, 0,209; África do Sul, 0,490% e Índia, 0,617.
Já o Índice de Pobreza Multidimensional é uma forma nova,
mais ampla, de verificar quem vive com dificuldades. No lugar da referência do
Banco Mundial, que considera que está abaixo da linha de pobreza quem ganha
menos de US$ 1,15 por dia, o novo índice aponta privações em educação, saúde e
padrão de vida.
Segundo o Pnud o índice pode não ser tão importante para a
situação do Brasil quanto para a de países da África, pois, no Brasil, quem tem
renda pode ter o acesso facilitado à qualidade de vida. Em alguns países,
porém, esse acesso não depende exclusivamente de recursos financeiros (às
vezes, o país tem infraestrutura precária demais, por exemplo).
Essa nova medida é uma forma interessante de avaliar as
políticas de transferência de renda e verificar se essas ações realmente estão
mudando a vida da população mais necessitada.
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Índice de Desenvolvimento Humano
África
O continente africano com 30 milhões de km2, 20,3% da superfície das
terras firmes e é envolvido pelas linhas tropicais Câncer (norte) Capricórnio
(Sul) e Equador (Centro) apresenta um relevo dominado por planaltos, porção
leste, com cordilheiras produto de dobramentos (montanhas) apresentando
elevações de 5000 metros
de altitude e vales (rifit valley) encaixados onde se encontram formações
lacustres (lagos).
Esta
configuração irá determinar uma paisagem especial e diversa de florestas
equatoriais-tropicais, estepes, savanas, vegetação de deserto e vegetação
mediterrânica relacionados diretamente a
sua altitude e latitude intertropical.
A
vegetação de deserto está relacionada aos desertos Kalahari e Saara resultado
da ação das correntes marítimas frias que circundam do sudoeste e do noroeste
do continente. Nas altitudes mais elevadas teremos as vegetações de altitude
(campos), savanas nas baixas latitudes, floresta tropical-equatorial nas áreas
sujeitas a umidade das massas de ar oceânicas e a vegetação mediterrânica
sujeita ao clima seco porém chuvoso no inverno.
Ocupação
O
norte africano, em contato com povos asiáticos e europeus desde a antiguidade,
acolheu culturas de povos exploradores como os fenícios, provenientes do
Oriente Médio, fundaram Cartago. Este território posteriormente dominados pelos
romanos, foram também ocupados pelos pelos árabes onde foi introduzida a
cultura e a religião islâmica. A civilização
egipcia é o destaque que, na era dos faraós, muito influenciou o mundo antigo.
Com
a entrada dos árabes no continente também entrou o modelo de tráfico de pessoas,
que posteriormente foi aderido pelos europeus, em especial portugueses, no
período das Grandes Navegações e formação colonial das Américas.
Foram
300 anos de tráfico que gerou uma migração de de 15 milhões de negros cujo
porto principal de saída eram os portos da Costa da Guine, (costa ocidental) e
portos de Zanzibar e Moçambique.
Os
africanos apresavam seus inimigos em geral (de tribos derrotadas) e revendiam
aos traficantes exportadores. Estas organizações eram denominadas de Reinos
negreiros. O tráfico negreiro continuou na África ate inicio do século XX.
Ainda nos dias atuais as rivalidades tribais são significativas no continente
africano.
África seu Estado atual
O
Congresso de Berlim (1884 – 1885) tendo como anfitrião o chanceler alemão Otto
Von Bismarck, incumbiu-se de realizar as discussões sobre o futuro do
continente africano e estabelecer as bases para a futura partilha entre as
potencias industriais européias e EUA.Posteriormente, final do séc XIX
dividiram-se o território africano em colônias delimitando suas fronteiras.
A
África atual, portanto, e resultado da organização realizada pelos europeus no
século XIX e XX quando então havia necessidade de atender a Europa com matérias
primas minerais e vegetais e simultaneamente tornar-se mercado consumidor.
Esta
divisão não respeitou espaços étnicos e culturais. Freqüentemente nações com
divergência de pensamentos e valores foram colocados em um mesmo espaço
geográfico o que posteriormente tornou-se objeto de intensos conflitos e
confrontos.
Estes
limites fronteiriços foram mantidos mesmo depois da colonização européia deixar
de existir e continuaram com a mesma delimitação posteriormente com a criação
dos atuais Estados africanos que ocorreram em sua maioria na década de 60.
fonte:GeoConceição
|
A descolonização e a criação destes atuais Estados ocorreram de maneiras
variadas, como por negociação (Reino Unido), mantendo laços de cooperação
econômica, social e militar (França), movimentos armados (Portugal) e
freqüentemente este poder político não foi passado de forma democrática para as
autoridades nativas, produzindo hostilidades tribais entre o empossado e seus
oponentes.As guerras étnicas são constantes no continente africano.
terça-feira, 2 de abril de 2013
Brasil Energia
Energia no Brasil e no mundo
No mundo globalizado capitalista, as indústrias,
especialmente as eletro intensivas, consomem grande quantidade de energia e o
seu modo de produção tem sido visto como um modelo ultrapassado considerando
que os recursos naturais não são tão renováveis quanto se parece e muito dos
recursos explorados, já se encontra em declínio como o caso do carvão e do
petróleo.
A geração de energia limitada tem levado à
remodelação de equipamentos que venham consumir uma menor quantidade de energia
em seu trabalho. Energias alternativas
tem sido pesquisadas e algumas tem se tornado atualmente, substitutas das então
energias convencionais.
A biomassa, especialmente o tipo que envolve a
produção canavieira, tem levado a estudos da produção quanto geradora de álcool
combustível (o etanol). Outras culturas utilizadas produziram, no Brasil, o
álcool etílico obtido da produção da mandioca, outras ainda são utilizadas para
serem adicionados a combustíveis convencionais como o óleo de dendê gerando o biocombustível.
Usina eólica |
A maior dificuldade destas novas matrizes são as
dificuldades apresentadas nos custos de produção, já que o capital inicialmente
investido é empregado como tecnologia de ponta e laboratórios de pesquisa.
A energia limpa é atualmente escolhida para
bancar o desenvolvimento e o progresso exigido por uma comunidade global. São
essencialmente não poluentes, ou seja, os resíduos lançados no ambiente
produzem um mínimo de agressão ao meio. A proposta é o de trabalhar com
dispositivos e sistemas que possam resgatar os recursos utilizados no
desencadeamento da produção de energia de maneira sustentável, ou seja, o
próprio ambiente teria meios de resgatar, recuperar aquilo que foi utilizado de
forma auto-sustentável. Certamente a natureza tem condições de se recuperar,
entretanto o homem necessita diminuir o ritmo de exploração destes recursos.
Brasil e sua matriz energética
Considerando o Brasil como um país que apresenta
relevo com muitos aclives e declives, no setor agrícola, cada cultura deve ser
plantada em espaço adequado. No que se refere a produção de biomassa suas
atividades geralmente são mecanizadas.
Verdadeiras empresas capitalistas, inclusive
transnacionais, as comandam sendo que seu trabalho tem o foco para o mercado
global em larga escala. A atividade atende a uma organização complexa, mas que
alcança consumidores finais e industriais como as plantations (atividade
monocultural de exportação como a produção de cana de açúcar) e que atende as
usinas que transformam o produto em açúcar e álcool e exportam para o mercado
mundial atendendo quando possível o mercado interno.
Atualmente a tecnologia agrícola empregada, tem
se apresentado para reforçar a produção bem como na diversificação de uso do
produto obtido. É o caso da cana de açúcar que hoje em dia não se perde nada,
todos seus subprodutos são utilizados até o bagaço para a geração de energia e do
vinhoto (de alta acidez) que na atualidade retorna a terra para a adubação do
solo.
A matriz energética do petróleo
O
Brasil é o 15° maior produtor de petróleo do mundo. Até 1997, o monopólio do
petróleo no Brasil, pertencia a Petrobrás. A partir de hoje, mais de 50
companhias de petróleo estão envolvidos na exploração de petróleo. A produção
de petróleo da Petrobrás, chega a mais de 2 milhões de barris (320.000 m² ) de óleo
equivalente por dia. É também uma grande distribuidora de produtos petrolíferos
além de possuir refinarias de petróleo (14) e navios petroleiros.
Em
2006, o Brasil tinha 11,2 bilhões de barris (1,78 × 109 m² ), a segunda maior
reserva provada de petróleo na América do Sul depois da Venezuela. A grande
maioria das reservas provadas estão localizadas em bacias de Campos e Santos,
na costa sudeste do Brasil. Em novembro de 2007, a Petrobrás anunciou
que acredita que o Campo petrolífero de Tupi, na camada de pré-sal, tem entre 5
e 8 bilhões de barris (1,3 × 109
m² ) de óleo de alta qualidade e os campos vizinhos podem até conter ainda
mais, como o campo da Carioca o que poderia resultar no Brasil, se tornando um
dos os maiores produtores de petróleo do mundo.
A matriz energética hidráulica
A principal matriz energética do Brasil é a hidráulica,
80% do total consumido no Brasil e o segundo maior no mundo. Grande quantidade
de energia utilizada no país, 70%, é consumida pelo setor industrial e que é
subsidiada pelo governo; 45% do total em energia elétrica.
O setor de transportes apresenta-se como o maior
consumidor de combustíveis derivados de petróleo outrora muito dependente (85% em
1979) mesmo ocorrendo a desregulamentação e o fim do monopólio da Petrobrás.
No setor industrial, a metalurgia e o setor de alumínio
são os que mais consomem energia.
Pontos positivos e negativos da matriz energética brasileira
O sistema elétrico brasileiro, de matriz hidráulica,
apresenta uma relativa vantagem ambiental quando não acarreta danos ambientais
em sua geração, entretanto inunda áreas produtivas agrícolas retirando o
potencial de produção rural não considerando a perda de terra com o sistema de transmissão
(torres).
Como funciona uma usina hidrelétrica?
https://youtu.be/9lX-71NXnwA
Como funciona uma usina hidrelétrica?
https://youtu.be/9lX-71NXnwA
A geração por termelétricas com a queima de
carvão ou petróleo produz gases poluentes. A geração termelétrica nuclear
produz resíduos materiais radioativos.
Vantagens da matriz energética hidráulica
O Brasil apresenta condições favoráveis para a geração
hidrelétrica como:
- relevo planáltico, clima tropical, densa rede hidrográfica
e conta com as maiores bacias hidrográficas do mundo a Amazônica e a do Paraná.
A bacia Amazônica
possui um potencial hidráulico acima de 100.000 MW entretanto baixíssimo
potencial hidráulico instalado (capacidade instalada) ou seja que gera
efetivamente energia, no caso da bacia Amazônica menos de 1%.
Na bacia
do Paraná encontra-se o maior potencial hidráulico instalado do Brasil. A
UHE de Itaipu e a maior usina hidrelétrica do Brasil 12.600 MW instalados e ampliação
para 14.000 MW e supre 20% das necessidades do país.
Atuam neste espaço o sistema Furnas (com 10
usinas hidrelétricas, inclusive Itaipu e duas usinas termelétricas) que também
participam as bacias, além do Paraná a do Paraguai, Atlântico, Leste, Tocantins,
a CESP com 6 usinas hidrelétricas, a Tiete com 10 usinas hidrelétricas, a Duke
Energy com 8 usinas hidrelétricas, A CEMIG, que também atua na bacia do São
Francisco com 42 usinas hidrelétricas no total, três usinas termelétricas, uma
usina eólica, a Copel com 17 hidrelétricas, 1 termelétrica.
Na bacia
do São Francisco a Companhia Hidrelétrica do São Francisco possui 10 usinas
hidrelétricas e 2 termelétricas entre elas Paulo Afonso, Sobradinho, Boa Esperança,
Itaparica, Xingó. Tem o apoio da usina de Tucuruí, da bacia do Tocantins.
Na bacia Amazônica
a Eletronorte capta energia da transmissão de usinas como Tucuruí (bacia do
Tocantins) possui 11 termelétricas e 4 hidrelétricas entre elas Balbina.
A energia nuclear no Brasil e produzida em Angra
dos Reis (RJ) com capacidade de geração para 657 MW (Angra 1) e1.350 MW (Angra
2). Em conjunto oferecem energia para abastecer o estado do Rio de Janeiro ou
3% do consumo nacional. Sua localização estratégica deve-se a sua posição
próxima dos grandes centros urbanos nacionais - Rio de Janeiro, Belo Horizonte
e São Paulo.
Os problemas relacionados a esta matriz encontram-se
em onde dispor os resíduos radioativos gerados pela usina, sua manutenção e
armazenamento.
terça-feira, 19 de março de 2013
Capitalismo Industrial
Capitalismo Comercial e Industrial
As grandes navegações é efeito direto dos sucessivos impedimentos da circulação de bens e mercadorias provenientes da Ásia na região Otomana. A partir do séc XV da nossa era cristã. Estados e nações iniciam, expedições que viabilizassem, por meio de rotas alternativas, alcançar as Índias, o Japão e a China. (Destacam-se, pelo seu poderio naval Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Países Baixos).São momentos de grandes descobertas, anexação de territórios, infelizmente da prática da escravidão nos espaços conquistados.
O objetivo é alcançar a Ásia costeando a África, ou alternativa que possa alcançar as Índias e o Extremo Oriente. As especiarias, os metais preciosos (ouro e prata), entre outros estão nos planos deste novo empreendimento.
Conquistando territórios, estes Estados acumularam lucros. Sua prática econômica era o Mercantilismo que controlava o mercado entre a colônia (território dominado) e a Metrópole (potencia dominadora) estipulando com quem a dominada deveria realizar seu comércio e qual deveria ser o valor de sua mercadoria. Freqüentemente a única parceira comercial da colônia era sua metrópole.
Este período que permitiu a acumulação de capital por trocas comerciais vantajosas beneficiando os burgueses europeus (comerciantes) ficou conhecido por Capitalismo Comercial.
Importante entender que a interferência direta dos governos europeus e suas forças militares garantiam a manutenção deste status e as vantagens nas negociações comerciais entre metrópole e colônia. Seu interesse direto estava nos metais preciosos, pois a riqueza de um país era medida pela quantidade de ouro, prata e pedras preciosas que possuísse.
Capitalismo Industrial
Com a alta demanda de produtos para o mercado e um conjunto de fatores favoráveis presente (transporte, matéria prima, energia, mão de obra, tecnologia) além do capital acumulado pelo Capitalismo Comercial, os empreendedores burgueses não duvidaram que o momento fosse o de mudar o modo de produzir, que era artesanal (feita pelas mãos dos homens artesãos) para o modo de produção industrial, feita pela máquina.
A partir deste momento o artesão, que dominava técnicas de produção artesanal do produto, passa a ser contratado como assalariado para produzir em larga escala para o empreendedor fabril, o dono da fábrica ou do meio de produção.
O início das indústrias está relacionado com a tímida e limitada produção têxtil cuja matriz utilizada era a força hidráulica para movimentar as máquinas de tear mecânicas por meio das rodas d’água. As unidades fabris deveriam estar próximas dos rios, portanto a energia hidráulica impulsionava a indústria têxtil. A indústria da fundição de metais no século XIX substituía a lenha da madeira na produção, pelo carvão mineral que apresentava a qualidade de elevar mais a temperatura na fusão de metais através do seu alto poder calorífico. Simultaneamente os inventos do motor a explosão possibilitou o uso do vapor do carvão como energia de impulsão de máquinas, entre os exemplos, em especial para transportes, temos as locomotivas e os navios a vapor. Sendo assim as empresas de fundição procuraram localizarem-se próximas às jazidas de carvão. Cidades industriais surgiram perto das mesmas como as inglesas Liverpool e Manchester ou Colônia e Essen na Alemanha.Esta é a 1a Revolução Industrial.
A 2ª Revolução Industrial desenvolve-se nos setores da produção de bens duráveis diferentes da 1ª Revolução Industrial que estava voltado para a produção de bens não duráveis com o setor da indústria têxtil e alimentício.
Os carros movidos a motor a explosão, o uso da energia elétrica para movimentação de bens eletrodomésticos, o telégrafo e a indústria petroquímica e seus subprodutos - nylon, borracha sintética, laminados, tubulações e descartáveis, são marcas de uma nova fase que surge com as inovações tecnológicas que vem ocorrendo no setor industrial.
Na escala de atender e organizar os setores de produção temos:- Indústrias de base ou de bens de produção, recebem matéria prima e realiza a transformação necessária para as indústrias enviar às indústrias de bens de consumo. Exemplo as indústrias siderúrgicas recebem o minério de ferro, das indústrias extrativas, e os transforma em chapas que serão enviadas para as empresas automobilísticas produzirem carros e ainda o principal produto siderúrgico, referência de desenvolvimento industrial: o aço.
Assista o vídeo http://youtu.be/CMGe7yuCHqE
Assista o vídeo http://youtu.be/CMGe7yuCHqE
- Indústria de bens de capital – são as que incorporam tecnologia e concretizam com o desenvolvimento de máquinas e equipamentos de alto valor agregado e cientifico. Estão voltados para a melhoria dos processos e procedimentos industriais e sua produtividade, controle e qualidade.
Novos inventos, experimentação e inovações são necessários. Novas respostas são necessárias para os problemas que se encontram na sociedade de consumo e tecnológica. As empresas acabam trabalhando em um ritmo de investimento, muitas vezes no limite de sua capacidade. Frentes de PxD (Pesquisa e Desenvolvimento) são essenciais bem como verbas e reinvestimentos que as vezes, dependendo do setor industrial pode chegar a 40%, como é o caso do setor de bens de produção – química , petróleo e petroquímica. Dupont, Rhodia. Fusões também são freqüentes permitindo a junção de know-how e conhecimento sobre determinadas áreas como a eletrônica e bens duráveis como a Walita-Phillips ou a Sony-Ericsson entre outros.
- Indústria de bens de consumo – São os bens de consumo rápido. Fazem parte deste setor as empresas que, recebendo matéria prima, as transformam em produtos de consumo final. Exemplo a indústria de calçados recebeu couro dos curtumes para produzir sapatos ou a de alimentos como a produção de laticínios e seus derivados do leite: queijo, manteiga, iogurte, creme de leite.
O lucro, que no Capitalismo Comercial era obtido pela diferença do valor do produto entre seu momento de compra e de venda, no Capitalismo Industrial estará relacionado diretamente ao quanto o empresário industrial irá pagar pelo trabalho realizado pelo trabalhador, ou seja, quanto será o valor de seu salário. Esta diferença, que é o lucro do empresário na sua produção chama-se de mais valia.
As indústrias no mundo
A organização do espaço possibilita e intensifica a circulação de riquezas. A infra-estrutura representada por segmentos essenciais como rodovias, ferrovias, hidrovias, aerovias, rede bancária e financeira, produção do saber (ciência e tecnologia) cristaliza e expande suas ações e influencia no mercado consumidor e conseqüentemente no espaço de formação de opinião. Possibilita também as alternativas e opções de atuação.
Atualmente a produção do espaço tem levado em conta a flexibilização de mecanismos que com facilidade respondem às necessidades do mercado consumidor. As unidades de produção atuais passaram por 3 revoluções industriais:
I- Revolução Industrial – a partir de 1750 , mecanização dos processos de produção por meio da máquina a vapor no transporte locomotiva, industria têxtil. Matéria prima era o carvão.
II Revolução Industrial –a partir de 1820 – mecanização dos processos de produção por meio do motor a gasolina ou base petrolífera. Descobrimento da eletricidade e o desenvolvimento dos bens duráveis especialmente as de linha de produção de eletrodomésticos.
III Revolução Industrial – a partir de 1970 – É a revolução tecnocientífica em que se revê a proposta do uso de energia eletro intensivas e o pensamento da preservação dos recursos naturais, a robótica, a informática, a biotecnologia, as telecomunicações, a internet. Um novo método de trabalho, de produção tecnológica de modelo de produção é proposto.
A tecnologia é fundamental neste momento, pois dela depende o ritmo e o andamento do atendimento das demandas e necessidades de mercado, portanto Tecnologia x Indústria A produção mundial de bens e serviços inicia-se com a circulação de riquezas em especial as de consumo. Quando o homem começa a dominar a produção e desenvolveu tecnologia inicia o processo de domínio do espaço.
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