Características Naturais
O espaço extremamente ondulado, solos férteis, recebe o nome de “Mares de Morros”, com altitude que variam de 0 a 2890 metros, tem as áreas mais elevadas nas Serras da Mantiqueira, Canastra e Espinhaço, dominando, portanto, o espaço de planaltos com estreita faixa de planícies litorâneas.
Por encontrar-se entre os trópicos em sua maior parte é destaque o clima tropical, tropical de altitude, tropical úmido e subtropical.
Os espaços mais expostos à influência oceânica (maritimidade) possibilitam a formação da floresta tropical e Mata Atlântica, conforme dirigimo-nos para o interior, a umidade diminui pesar da influência das massas equatoriais da Amazônia (MEC) há o domínio dos cerrados (campos limpos mesclados por arbustos).
Ocupação do Espaço
A ocupação do espaço desta Região está relacionada com as descobertas a partir do século XVI, com a ocupação do espaço canavieiro, a instalação de usinas produtoras de açúcar na Capitania de São Vicente. Com a descoberta de ouro no final do século XVII, trouxe um grande número de migrantes de diversos lugares inclusive de Portugal.
Substituída pela produção de café, com a acentuada queda da extração de ouro, tornou-se o principal produto agrícola a partir do século XVIII e XIX. O trabalho escravo é redirecionado para a produção agrícola cafeeira até a abolição dos escravos (1888).
Uma infraestrutura de transportes foi montada, as estradas de ferro são implantadas para o escoamento da produção para o porto de Santos.
A entrada de imigrantes foi oportuna e necessária para substituição da mão de obra escrava. Equipamentos, modernização de portos tiveram investimentos do Estado e do capital cafeeiro. São Paulo tornou-se centro do comércio cafeeiro.
Indústria em São Paulo
O início da industrialização na cidade de São Paulo inicia com a instalação das indústrias em torno das ferrovias próximas aos bairros como Brás, Moóca, Belenzinho, Barra Funda, Água Funda aonde vão se instalar os operários destas fábricas, maioria de imigrantes que vieram trabalhar na agricultura cafeeira. Nesta época, montadoras já existentes como a General Motors e a Toyota possuem galpões alugados no bairro do Ipiranga (1925).
Além do capital e por possuir maior infra-estrutura, mão de obra imigrante, mercado, abastecimento, comercialização da produção, eficiência e redução de custos de transportes via ferrovia, proximidade de portos para exportação, facilitou a aceleração da concentração e a diversificação industrial da cidade.
Esta aceleração econômica induziu grandes fluxos de migrações externas como internas e do campo. Nas décadas de 50 e 60 ocorre o êxodo rural mudando o perfil de concentração de população maior na cidade do que no campo.
Na década de 70 o estado de São Paulo respondia por mais de 58% da produção industrial nacional e a região metropolitana (RMC) respondia por 77,52% do valor da transformação industrial do Estado, a cidade de São Paulo 48,59 % e o interior 22,48%. As regiões industriais na capital e em sua periferia ficam congestionadas. A valorização de terrenos e impostos desestimula a atividade industrial.
Considerando a alta dos custos de produção tanto
na capital como na região metropolitana relacionados à mão de obra, transportes, impostos e uma legislação ambiental mais vigorosa, as empresas tomaram a iniciativa de se retirarem deste espaço sendo que após 20 anos (1990) a cidade de São Paulo respondia por 30% do valor da transformação industrial a RMSP 58,92.% e o interior do estado 41,07%.Fonte: FIESP/CIESP, 1982 e 1984; IBGE - Censos Industriais de 1970, 1980,1985; MTB - Anuário RAIS de 1985, 1990 e 1991; SENAI/DPEA, 1980 e 1981
Os números de estabelecimentos industriais fixaram-se principalmente ao longo dos principais eixos rodoviários Dutra, Raposo Tavares, Anhanguera, Regis Bittencourt, Washington Luis, Anchieta, Castelo Branco.
No início do século XXI, Pesquisa Industrial Anual (IBGE 2005) mostrou que a Região Sudeste ainda concentra 63,5% do valor de transformação industrial com 54,3% dos postos de trabalho, Sul com 17,7 % de VTI e 25,2% dos postos, Nordeste com 9,3% de VTI e 12,4% dos postos, Centro Oeste com 3,7% de VTI e 4,5% dos postos, Norte com 5,8% do VTI e 3,6% dos postos.
Houve perdas de postos de trabalhos, na desconcentração em São Paulo e Rio de Janeiro, e ganhos para as regiões Sul, Nordeste, Centro Oeste e Minas Gerais (1996-2005), com ganhos nos setores do petróleo e álcool, indústria extrativa, metalurgia básica, transporte.
Esta desconcentração industrial vem ocorrendo, inclusive na região Sudeste por conta: busca de mão de obra mais barata, incentivos governamentais dos estados das regiões Nordeste, Norte, Centro Oeste, disputa fiscal entre Estados e municípios.
Para o estado de São Paulo a desconcentração vem ocorrendo, entretanto com certa concentração com a aglutinação das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, São José dos Campos, Santos e áreas vizinhas como Sorocaba, Jundiaí e Piracicaba denominada de macrometropole.
Cultura
O modo de ser da população é resultado das migrações que para cá vieram, configurando o modo multicultural de ser, com hábitos de comunidades asiáticas do extremo oriente (japoneses, coreanos), sírios libaneses e israelitas (Meio Oriente), africanos, europeus (italianos, portugueses, espanhóis, alemães).
A cultura caipira no Sudeste é destaque, pois sua influência estende-se para todo o interior de São Paulo e Centro Oeste.
A cidade de São Paulo se destaca nesta região, verifique por meio deste vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=EKQFxVNmCeQA cidade de São Paulo se destaca nesta região, verifique por meio deste vídeo:
Bibliografia e consulta
http://www.museudacidade.sp.gov.br/bandeirante-imagens.php
http://douradocidadeonline.blogspot.com.br/2011/09/origem-caipira.html
http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/geral/port/ouro.asp
http://www.emplasa.sp.gov.br/emplasa/
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